Sociedade

Hospital 17 de Setembro necessita de 70 médicos e 117 enfermeiros

Carlos Bastos | Sumbe

Jornalista

O Hospital 17 de Setembro, localizado na cidade do Sumbe, província do Cuanza-Sul, necessita de mais 70 médicos, 117 enfermeiros e algum pessoal de apoio para melhorar a assistência aos pacientes que ocorrem aquela unidade, segundo declarações prestadas ao Jornal de Angola pelo director geral, Agostinho Cardoso.

12/02/2024  Última atualização 10H30
Unidade sanitária tem deficiência de médicos e enfermeiros © Fotografia por: Edições Novembro

O responsável pelo hospital afirmou que a falta de médicos e enfermeiros tem comprometido o atendimento humanizado a centenas de pacientes. Agostinho Cardoso, mostrando-se preocupado com a situação actual da unidade sanitária, revelou que o hospital conta com 44 médicos, dos quais quatro estão em formação, 183 enfermeiros e 72 técnicos de diagnóstico e terapêutica, números insuficientes para atender o volume de pacientes diários.

Devido à escassez de médicos e enfermeiros, o director do Hospital 17 de Setembro reconheceu que o atendimento fica aquém das expectativas dos pacientes, que muitas vezes são assistidos tardiamente. Revelou, no entanto, que o quadro orgânico da unidade hospitalar prevê a contratação de mais trabalhadores e destacou os esforços da equipe para melhorar a assistência à população, com o apoio do Governo Provincial e da Direção do Gabinete Provincial da Saúde.

O director também revelou que o Hospital 17 de Setembro tem capacidade para internar 150 pacientes e geralmente fica lotado.

 
Balanço do ano passado

No ano passado, o Hospital 17 de Setembro atendeu 35.714 pacientes no banco de urgência, a maioria com fraturas nos membros inferiores e superiores resultantes de acidentes de viação, doenças infecciosas como tuberculose pulmonar, traumatismo craniano, anemia e insuficiência cardíaca. Em comparação com 2022, houve 4.365 atendimentos a menos no banco de urgência. Foram realizadas 46.507 consultas, um aumento de 20 mil em relação ao ano anterior.

Segundo o director Agostinho Cardoso, no ano passado foram internados 6.897 pacientes, 1.379 a menos do que em 2022, e houve 637 óbitos, 173 a menos do que no período anterior. O director afirmou que não faz sentido a permanência de familiares dos pacientes ao redor da unidade, pois os doentes internados têm direito à medicação e assistência humanizada. Também assegurou que a alimentação é garantida por um refeitório que oferece três refeições diárias para os doentes internados e os funcionários.

A gestão dos resíduos hospitalares é realizada por uma empresa que faz a recolha três vezes por semana. A higienização é parte do programa da unidade hospitalar, que está preparada para receber pacientes de todos os municípios da província e prestar serviços de assistência primária e secundária. O director mencionou que o Hospital 17 de Setembro é uma estrutura antiga, construída nos anos 50 e nunca passou por uma reabilitação profunda. Destacou que têm sido realizados alguns serviços paliativos para melhorar as condições de trabalho da equipa.

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