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O Serviço de Neurologia do Hospital Josina Machel diagnosticou, de Janeiro a Março deste ano, seis casos da doença de Parkinson, uma patologia neurológica que acomete pessoas com idades acima dos 60 anos.
Em entrevista ao Jornal de Angola, por ocasião do Dia Mundial de Consciencialização da doença de Parkinson, assinalado ontem, o especialista disse que há um desconhecimento da doença por parte de muitos cidadãos, que ignoram os sintomas, confundindo-os com os de outras patologias, como o Acidente Vascular Celebral (AVC).
O médico neurologista realçou que, a nível do país, nunca foi feito um estudo epidemiológico nem um rastreio do Mal de Parkinson, para se aferir a real situação da doença no país.
Apesar de a doença de Parkinson afectar pessoas com idades acima dos 60 anos, o médico disse ser possível, também, afectar indivíduos mais novos, a partir dos 40 anos de idade, caso haja histórico familiar (genética).
"Quando
aparece nessa idade, a literatura chama de "Parkinson precoce ou juvenil”. Vale
dizer que não há relatos de alguma criança que tenha padecido desta
enfermidade”, acentuou o neurologista.
Doença rara
Guilherme Miguel realçou que o Mal de Parkinson é uma doença rara e pouco diagnosticada entre as pessoas de raça negra. Mas, apesar disso, acrescentou, é fundamental que as pessoas conheçam os sintomas, a fim de terem um diagnóstico precoce e ajudar o paciente a ser atendido de forma completa.
O Mal de Parkinson é uma doença neurológica, degenerativa, progressiva e crónica do sistema nervoso central, que afecta princi-palmente a coordenação motora do ser humano.
O neurologista explicou que a doença de Parkinson causa um défice na produção de uma substância denominada "dopamina”, que funciona como neurotransmissor e tem a função de controlar o movimento do corpo humano e da memória.
Quando há falta da produção da dopamina, esclareceu, os neurónios e as células começam a morrer e, por isso, os sintomas manifestam-se de forma muito lenta e gradual, ao longo do tempo.
"Por se tratar de uma doença neurológica, quem deve abordar o doente de Parkinson, desde o diagnóstico, tratamento e acompa- nhamento, é um médico neurologista, para se evitarem erros”, alertou.
Guilherme
Miguel informou que não existe nenhum exame definitivo para o diagnóstico do
Mal de Parkinson, daí ser necessária a realização de vários exames
complementares e laboratoriais como TAC (Tomografia Axial Computarizada), para
serem excluídas doenças parecidas, como é o caso do Alzheimer.
Tratamento
Em
relação ao tratamento, o médico explicou que começa sempre com fármacos, com
realce para Levodopa (L-dopa), uma medicação composta de Levodopa e cloridrato
de Benserazida, que são compostos actuantes no Sistema Nervoso Central, fazendo
a reposição da Dopamina, a substância que ajuda na comunicação entre células.
Na fase mais avançada da doença, disse, o tratamento pode ser multidisciplinar,
porque podem surgir outras situações que obriguem à intervenção de um
fisioterapeuta, psicólogo, fonoaudiólogo e outros especialistas, para minimizar
os efeitos da doença. Na opinião do médico, quando a doença é diagnosticada
logo no início, apesar de não ter cura, o paciente devidamente acompanhado e
medicado pode melhorar a qualidade de vida.
Sinais de alarme
A doença de Parkinson tem características próprias. Os principais sinais são a dificuldade em caminhar, lentidão nos movimentos, postura encurvada para a frente e tremor, principalmente nas mãos e nas pernas.
Antes do surgimento destes sinais, as pessoas começam a queixar-se de que estão a ficar mais lentas ao se deitar na cama e ao entrar para o carro, movimentos que, anteriormente, eram feitos sem problemas.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que aproximadamente quatro milhões de pessoas no mundo sofrem do Mal de Parkinsom. Com o aumento da esperança de vida e o envelhecimento da população, a OMS estima que o número possa dobrar até 2040.
O Dia Mundial de Consciencialização da Doença de Parkinson foi instituído pela OMS, em 1998, com o objectivo de informar cada vez mais a população mundial sobre a existência desta doença e as formas de tratamento.
A data foi criada em homenagem a James Parkinson, médico inglês que nasceu a 11 de Abril de 1755 e descreveu a doença pela primeira vez em 1817.
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