O apelo foi feito pelo administrador municipal do Ebo, no final do fórum municipal de investidores e promotores da cultura da paz.

Segundo António Morais Kituchi, a igreja, parceiro privilegiado do Estado, desempenha um papel preponderante na moralização da sociedade e reconciliação nacional, através da disseminação da mensagem de esperança e amor, contribuindo para a pacificação dos espíritos e resgate dos valores morais e culturais.

As igrejas, acrescentou, devem ser a fonte de inspiração dos seus fiéis e não só, no sentido de continuarem a dar o seu contributo para a materialização das acções e projectos constantes no programa de governação do município, visando a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos.

O administrador do Ebo reconheceu o empenho das igrejas em diferentes etapas de existência do município, na acção congregadora do tecido humano e na harmonização das famílias e do seu dever de cidadania.

"Temos a plena consciência de que sem as igrejas a nossa sociedade estaria mergulhada em más práticas, por isso, devemos incentivá-las no sentido de continuarem com a sua missão de promover os valores cívicos e morais, bem como nas tarefas de educação e consciencialização dos cidadãos”, sublinhou.

António Morais Kituchi aproveitou a ocasião para exortar as seitas religiosas ainda não legalizadas no sentido de primarem por um comportamento digno e deixarem de fazer obras que não correspondam aos desígnios da doutrina cristã, incorrendo contra o Evangelho.

Quanto à realidade socioeconómica, aconselhou os líderes das igrejas a serem mais proactivos, utilizando linguagem coerente e responsável e com pendor educativo, que contribua para transformar o homem.

"Exortamos aos líderes das igrejas que promovam, junto de seus fiéis, sentimentos de alegria e comprometimento com a nação, procurando soluções em função das preocupações que assolam a vida quotidiana”, concluiu.

Para o padre Tejo Silvano Fernando, o compromisso das igrejas no município do Ebo é de trabalhar com a administração na promoção dos valores morais e cívicos, exercício de uma cidadania activa, bem como na formação académica e técnico-profissional dos jovens.

"Temos de aconselhar os jovens para se afastarem da criminalidade e da vandalização de bens públicos”, disse o padre, que pediu ao Governo para dar atenção especial às vias que ligam as localidades do Conde, Guês e Mabasa à sede municipal e as que ligam Cassanje, Morro do Tongo, Choa e Assango, bem como à melhoria do fornecimento de energia eléctrica.