A representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em Angola, Denise António, destacou, sexta-feira, em Luanda, a importância do Governo angolano criar um ambiente propício para a atracção de mais investidores no domínio das energias renováveis.
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O director-geral do Instituto Nacional de Gestão de Bolsas de Estudo (INAGBE) disse, neste domingo, ao Jornal de Angola, que, este ano, está suspenso o envio de estudantes para frequentar mestrados, doutoramentos e especializações em universidades no exterior do país.
Milton Chivela explicou que a decisão de suspender o programa este ano deve-se a razões financeiras, pois o orçamento atribuído à instituição em 2024 não é suficiente para honrar os compromissos com propinas, alojamento, bem como o subsídio de alimentação dos bolseiros.
"Por isso, consideramos melhor assegurar os que já estão em formação, melhorar o orçamento e no próximo ano prosseguir com a formação dos mestres, doutores e especialistas em diferentes áreas de conhecimento”, disse, acrescentando que este ano 300 estudantes estavam para aderir ao programa. "Infelizmente, tivemos de suspender a publicação de novos editais”.
Até 2022, referiu, o programa atribuiu 735 bolsas para formação superior no exterior, dos quais 255 estudantes já concluíram. Anualmente, lembrou, o Governo angolano investe 30 mil milhões de kwanzas nos programas de bolsas de estudo, valor repartido pela metade para os formandos no país e no exterior.
Custos
O director do INAGBE explicou que para os programas de cooperação grande parte dos encargos financeiros são assumidos pelo país acolhedor. Actualmente, disse, Angola tem acordos com países como, Portugal, Brasil, Sérvia, China, Hungria e Marrocos.
"Entre os encargos para assegurar um bolseiro no exterior é importante ter em conta a propina, alojamento, os subsídios para subsistência e investigação científica”, adiantou, além de explicar que os valores para cada estudante são distribuídos por regiões. "Países como Portugal, por exemplo, o valor ronda os 1.500 dólares, dos quais o Governo português comparticipa com 400 Euros e o Angola assegura o restante”.
Na lista das melhores Universidades do mundo, apontou, estão as universidades de países como, Portugal, Reino Unido e Estados Unidos. "Mas, nestes países fazer o ensino superior acarreta custos muito altos”.
Nos Estados Unidos da América, avançou, o Governo angolano enviou 15 estudantes para frequentar cursos de mestrado, doutoramento e especialização. O custo anual da propina, informou, ronda os 30 mil dólares por pessoa, sem contar com os encargos de alimentação, alojamento, subsistência e investigação científica.
"Para manter um estudante do nível de mestrado em formação no exterior, durante dois anos, os custos rondam os 60 mil dólares. Já nos cursos de doutoramento, os gastos estão acima de 100 mil dólares”, esclareceu.
A partir do próximo ano, disse, a meta do INAGBE vai ser enviar bolseiros angolanos a países, onde o ensino superior é gratuito, com destaque para o Brasil. "Há três anos que Portugal tem a maioria dos bolseiros angolanos no exterior, lugar ostentado por Cuba nas últimas décadas. Actualmente, Portugal acolhe 710 bolseiros, dos 1.310 que estão no exterior”.
Situação actual
Até a última sexta-feira, o Instituto Nacional de Bolsas de Estudo (INAGBE) recebeu garantias de haver condições financeiras para pagar os subsídios em atraso dos bolseiros no exterior do último mês de Fevereiro.
Mensalmente, frisou, o INAGBE recebe dotações orçamentais do Ministério das Finanças em kwanzas. "Não temos um orçamento anual, mas sim dotações mensais no meio de cada mês até concluir o processo do câmbio e enviar para o bolseiro no exterior leva aproximadamente dois meses, daí os atrasos que se registam no processo de pagamento dos bolseiros exterior”.
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