Política

Inspector-geral da IGAE apela à solidariedade nas instituições

O inspector-geral da Administração do Estado, João Manuel Francisco “João Pinto”, apelou, quinta-feira, na cidade do Cuito, capital da província do Bié, aos gestores e funcionários públicos a privilegiarem a solidariedade para o funcionamento das instituições.

22/03/2024  Última atualização 07H25
João Pinto pediu aos funcionários para promoverem o respeito mútuo © Fotografia por: kindala Manuel | Edições Novembro
O responsável, que efectua desde quarta-feira, uma visita de trabalho de dois dias ao Bié, falava durante uma palestra sobre "A ética na administração”, cuja dissertação coube à directora dos Recursos Humanos da Inspecção Geral da Administração do Estado (IGAE), Elsa Cristina Paulo Neto.

O inspector-geral referiu ser necessário que os servidores públicos evitem conflitos nos locais de trabalho e promovam mais o respeito mútuo e o bom trabalho de cada um, bem como as competências dos demais órgãos e cooperarem na concretização das principais tarefas do Estado.

"Governar é servir e resolver os problemas dos cidadãos”, acrescentou, augurando dos gestores e funcionários públicos da província do Bié uma melhor actuação com base na ética. João Pinto lembrou as competências da IGAE, salientando que a mesma se dedica à observância do cumprimento da legalidade, assim como alerta, detecta e informa ao Titular do Poder Executivo sobre as acções da Administração Pública, em cooperação com outras instituições, como os órgãos de Justiça.

Por conta disso, reiterou a necessidade dos inspectores desta instituição respeitarem os limites da sua actuação, com base na lei, de modo a não se confundirem os seus papéis com os de outros órgãos.

A directora dos Recursos Humanos da Inspecção Geral da Administração do Estado (IGAE), Elsa Cristina Paulo Neto, na sua dissertação, afirmou que a observância da ética na Administração Pública constitui a base para o desenvolvimento do país. Agir com base na ética da Administração Pública, segundo a responsável, permite a conformação, obediência e a implementação efectiva dos princípios como a legalidade, probidade pública, lealdade, isenção, imparcialidade e transparência, de modo a se evitarem os males de que enfermam a sociedade.

Só deste modo, continuou, se poderá garantir a prossecução do interesse público, enquanto principal missão da Administração do Estado, e, consequentemente, garantir o desenvolvimento harmonioso do país.

Por isso, falar de ética na Administração Pública é falar do desenvolvimento de Angola, sublinhou a palestrante, realçando que os países mais desenvolvidos do mundo alcançaram este patamar por associarem o conhecimento ao bom comportamento dos seus agentes e funcionários. Explicou aos gestores públicos e agentes administrativos que as decisões éticas carecem de prudência, com base nas circunstâncias, dos fins pretendidos, identificação de soluções seguras e eficazes, através dos meios disponíveis.

 Segundo a palestrante, é preciso admitir e respeitar os limites de intervenção técnica e ética da profissão, alertando que a má actuação pode pôr em risco a reputação das instituições públicas e do Estado em geral.

Para o governador da província do Bié, Pereira Alfredo, todo o aprendizado é importante para que os servidores públicos da região possam melhorar a prestação do serviço público às comunidades. Nesta ordem de ideia, sugeriu a necessidade de actividades do género prosseguirem, com vista a abrangerem mais servidores públicos e se alcançarem os objectivos preconizados, para a melhoria das acções que visam a prossecução do interesse da colectividade.

O inspector-geral esteve igualmente na província do Huambo, onde abordou sobre a fiscalização do erário e controlo das instituições públicas.  A província do Bié é a sétima a ser visitada pelo inspector-geral da Administração do Estado, desde que foi empossado ao cargo a 23 de Janeiro deste ano.

João Pinto já trabalhou em Benguela, Cuando Cubango, Huíla, Cunene, Namibe e Huambo, onde, além de orientar palestras, procurou inteirar-se sobre o órgão que dirige.

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