"Atendemos, diariamente, diversos pacientes, com sintomas de intoxicação, por ingerirem alimentos em mau estado ou com contaminação biológica”, referiu.

Os principais agentes capazes de contaminar os alimentos e causar inúmeras doenças aos seres humanos são os vírus e bactérias encontrados nos produtos químicos e biológicos, como pesticidas e material fecal contendo bacilo da febre tifoide, presentes na água contaminada, explicou.

"Existem centenas de doenças que vão desde o câncer, cólera, diarreia bacteriana e hepatite A, ligadas à intoxicação progressiva causada por metais pesados como o azougue, presente nos peixes grandes”, disse.

A gravidade destas doenças, acrescentou, depende da sensibilidade de cada pessoa. A cólera, alertou, pode matar em poucas horas e a diarreia bacteriana continua entre as principais causas de morte nos países não desenvolvidos.

Formas de prevenção

De acordo com o especialista em medicina interna e nutrição humana, a melhor forma de evitar a contaminação de alimentos é seguir as regras básicas durante a manipulação, preparo e armazenamento.

"É necessário que as pessoas adoptem a cultura de higienizar bem os alimentos, principalmente vegetais, aplicando princípios básicos como ferver a água, evitar ingerir alimentos mal passados, assim como lavar bem as frutas, legumes e verduras em água corrente”, sublinhou.

Luís Ramos acrescentou que outra medida que pode ajudar muito na prevenção é a divulgação de conteúdos educativos nos meios de Comunicação Social, devendo-se, também, manter uma alimentação saudável, para evitar complicações futuras

"Pelo menos 90 por cento dos problemas de saúde humana podem ser evitados com uma alimentação saudável”, disse.

O médico aconselhou a população, no sentido de cultivar o hábito de lavar as mãos antes de fazer as refeições, lavar os alimentos antes de consumir, escolher sempre aqueles frescos e prestar maior atenção ao cheiro da carne ou do peixe. "Os odores dos alimentos dizem tudo”, concluiu.