Economia

Investimento publicitário cresceu 3,27% em 2023

Waldina de Lassalete

Jornalista

O sector publicitário do país registou um investimento de 26,5 mil milhões de kwanzas em 2023, um crescimento de 3,27 por cento face aos 25,6 mil milhões de 2022, afirmou, ontem, em Luanda, a directora-geral do Instituto Angolano de Opinião Pública (IAOP).

08/05/2024  Última atualização 12H10
Director José Matuta Cuato © Fotografia por: Francisco Lopes | Edições Novembro

Ana Pereira revelou estes números ao apresentar o Anuário de Media e Publicidade de 2023, numa conferência de imprensa em que o director nacional de Publicidade, José Cuato, considerou os dados positivos, por reflectirem o contínuo investimento das empresas em publicidade.

"Isso quer dizer que o mercado se movimentou, porque a publicidade movimenta o mercado e a própria concorrência. Esperamos que 2024 seja melhor”, disse o director nacional, notando, entretanto, que o Governo ainda tem um peso elevado no investimento publicitário. Os dados apresentados apontam que o Governo investiu em publicidade institucional, no ano passado, pouco mais de 8.137 milhões de kwanzas,  o que representa  31 por cento do total, quando, em 2022, esses gastos constituíam 35 por cento do total.

O serviço de saúde investiu  2.964 milhões de kwanzas, a banca 960 milhões e o sector dos Seguros 947 milhões, seguidos dos  serviços recreativos culturais, feiras, exposições, media, grandes superfícies comerciais, emprego, alimentação, comércio e imobiliário.

José Cuato anunciou que a Direcção Nacional de Publicidade está a trabalhar numa proposta legislativa que vai regular a publicidade institucional do Estado, pois entende que há necessidade de adoptar regras a diferenciarem a publicidade institucional do Estado da outra.

O Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, ao qual estão afectos os serviços que dirige, considera a publicidade um factor importante para o financiamento dos órgãos de Comunicação Social, o que tem influência positiva sobre a construção da democracia.

"Financiando os órgãos de comunicação social, estamos a financiar também a própria democracia”, afirmou o director nacional de Publicidade, acrescentando que "a melhor forma de investir e dar liberdade editorial aos órgãos de comunicação social, é a publi- cidade”, disse.

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