Já o acordo com a Escola do Primeiro Ciclo do Ensino Secundário Ferraz Bomboko, orçado em 71 mil 412 dólares, destina-se à melhoria e à ampliação de dez salas de aula da Escola com o mesmo nome no município do Huambo.

O embaixador do Japão em Angola, Suzuki Toru, fez saber que estes acordos enquadram-se no Programa de Assistência a Projectos Comunitários e de Segurança Humana (APC) da Embaixada do Japão. "Espero que os acordos de doação de hoje (ontem) contribuam para o desenvolvimento económico de Angola e aprofundem, ainda mais, as relações bilaterais entre Angola e Japão", destacou o diplomata, na intervenção feita na cerimónia.

Suzuki Toru fez saber que o Governo do Japão já implementou, no país, desde 1990, no quadro do programa (APC), um total de 77 projectos, orçado em mais de 14 milhões de dólares.

Estes projectos, precisou, incidem sobre as áreas de Desminagem, Agricultura, saúde e Educação.

Responsáveis aplaudem poio

O director nacional da Norwegian People's Aid, Robert Iga Afedra, aplaudiu a assinatura do contrato de doação financeira do Governo Japonês, sublinhando que a atribuição da verba vai ajudar a desminar, aproximadamente, 490 mil metros quadrados de terra na província do Bengo, nomeadamente, nas zonas rurais do município do Dembo e Dande. Esta doação, prosseguiu Robert Iga Afedra, representa uma demonstração da parceria e confiança que a Norwegian People 's Aid tem com a embaixada do Japão expressam.

"Estamos gratos pelo apoio e comprometemo-nos a garantir que esta subvenção seja utilizada para impactar, significativamente, as operações de desminagem em várias  comunidades de Angola", ressaltou o responsável, reconhecendo que este projecto vai contribuir para o objectivo de um país livre de minas antipessoal, estabelecido pelo Executivo angolano.

Para Robert Iga Afedra, a disponibilidade de terras seguras e produtivas transforma-se numa variável importante no desenvolvimento de qualquer nação, pelo que, avançou, o compromisso do Japão com o sector, por meio de apoio financeiro, "é  garantir a remoção de minas naquelas em Angola".

Robert Iga Afedra disse ser através deste tipo de apoio financeiro que Angola continua a fazer progressos na limpeza de todos os campos minados remanescentes nas 18 províncias e no desejo de cumprir as suas obrigações em relação ao artigo 5º da Convenção de Ottawa.

Assegurou que a organização de desminagem da Noruega vai continuar comprometida com essas aspirações e envidar, igualmente, esforços com a Agência Nacional de Acção contra as Minas (ANAM).

Robert Iga Afedra lembrou que, desde 2016, a Norwegian People's Aid já recebeu um total de três doações por meio da embaixada do Japão em apoio ao trabalho humanitário de desminagem, totalizando  mais de 680 mil dólares.

Já o representante da Escola do I Ciclo do Ensino Secundário Ferraz Bomboko, na província do Huambo, Francisco Augusto, salientou que o apoio vai ajudar na reabilitação das salas de aula e melhorar o funcionamento da instituição.

Francisco Augusto referiu que a escola tem desenvolvido um projecto de 36 salas de aula, incluindo dois campos polidesportivos, do qual o Governo do Japão já financiou quatro salas de aula e um autocarro com a pretensão de transformar a instituição num complexo politécnico, visando ajudar o Executivo no programa de auto-emprego e contribuir para o combate à fome e à pobreza.

"Estamos próximo de concretizar este projecto, com as ajudas vinda do Japão. Para nós, é uma demonstração clara do elevado sentido humanista, solidariedade do povo e do Governo do Japão para com os outros povos e nações", frisou.

Neste contexto, recordou que as quatro salas estão a auxiliar, anualmente, mais de centenas de crianças, tal como, acrescentou, as verbas aplicadas no sector dos transportes que tem estado a facilitar a mobilidade de mais de 600 crianças que vivem a cerca de 15 quilómetros da escola.

Por último, o membro dos salesianos de Dom Bosco, Victor Sequeira Gutierrez, aludiu que as verbas vão permitir a construção de mais salas de aulas na região dos Mulenvos, uma vez que "perto dos arredores não há escolas do ensino primário".

"O mais importante é mantermos uma Angola com educação firme e de qualidade para os alunos", atestou.