O Comité de Juízes da FIFA tornou, ontem,  públicos,  os nomes dos árbitros que mereceram escolha para os Jogos Olímpicos Verão, Paris' 2024. O angolano, de 40 anos,  faz parte do grupo de 42  assistentes indicados.

Para além de Jerson Emiliano, em África, destacam-se a presença da única mulher assistente indicada, a zambiana Diana Chicotesha, bem como os árbitros Del Yesso (Marrocos), Yembe Stephon ( Quénia) , Noupue Elvis ( Camarões).

 O continente berço da humanidade terá apenas uma representação de árbitro principal , trata-se do marroquinao Karboubi Bouchra, que esteve em destaque  no Campeonato Africano das Nações, Côte d'Ivoire'2023.

Dos 83 árbitros nomeados, 21 vão desempenhar a função de árbitro principal, 42 assistentes e 20 vídeo árbitros. Em declarações ao Jornal de Angola, Jerson Emiliano mostrou-se bastante orgulhoso, por  integrar a lista de árbitros para o maior evento desportivo do mundo,  e considerou escrever a sua História na arbitragem internacional.

" A história foi escrita. É uma sensação de dever cumprido, durante os 20 anos de carreira. Estou bastante feliz, por fazer parte dos Jogos Olímpicos pela primeira vez, e acredito ser o sonho de qualquer árbitro,  chegar à  maior montra  mundial. Agradeço a Deus por mais uma oportunidade nesta caminhada”, disse.

Com experiência em competições domésticas, continentais, e internacionais,  com realce à  participação de dois mundiais de futebol ( Rússia 2018, Qatar 2022) , "os Jogos Olímpicos vêm como a cereja no topo do bolo, para tornar a  carreira mais apetitosa e terminar em grande estilo”, garantiu o árbitro internacional angolano de 40 anos.

Ser o  único representante do país, acaba por ser uma grande responsabilidade e, desta feita, Jerson Emiliano promete honrar a  arbitragem angolana, considerando que a sua indicação servirá como porta para outros angolanos

"É sempre uma honra quando somos  chamados. Tudo bem que poderíamos ter um número significativo, mas pelo facto de ser o único acaba por ser uma grande responsabilidade e honra para mim.  Certamente , não é apenas o Jerson,   quando mencionarem o meu nome em cada partida, irão mencionar o meu país. Estou muito honrado  e garanto que o meu desempenho abrirá portas para outros árbitros, assim como no Campeonato Africano das Nações , realizado na Côte d´Ivoire, Angola teve a presença de dois assistentes”, referiu.

"Vou continuar a escrever a História”

O juiz de 40 anos promete trabalhar para continuar a  alcançar os propósitos traçados , pois um dos seus objectivos é deixar uma marca a nível da arbitragem angolana.

"Continuarei  a trabalhar e focar nos meus objectivos, sendo que o principal é sempre o de deixar uma boa marca na história da arbitragem do país. A  responsabilidade,  desde o início, passa pela realização de bons jogos e   cumprir com o nosso dever. Como meta, procuro estar sempre entre os melhores. Acredito estar  pronto para todos os desafios  e representar a arbitragem angolana da melhor forma, tal como tem acontecido durante os 20 anos de carreira”, disse.

Relativamente aos auxílios, Jerson confessa ter faltado apoio, mas espera que no futuro haja melhoria para a nova geração do desporto angolano.

 "Quando falo em apoios não me refiro unicamente às questões financeiras, mas, às vezes, as coisas  passam pelo reconhecimento, isto ajuda bastante para que continuemos a fazer o nosso trabalho. De certeza que não fazemos nada para receber recompensa, mas sim por amar  o desporto, Por este motivo, espero que,  no futuro, as coisas possam melhorar, não para mim, talvez já tenha terminado a carreira , mas para a nova geração, que com muito sacrifício representa de forma condigna o país” , garantiu.

Jerson Emiliano espera ser lembrado como alguém que fez parte da história da arbitragem angolana " Durante a minha carreira vivi momentos especiais e represento o meu país, de forma condigna; então é desta forma que espero ser lembrado, como alguém que fez parte e escreveu a sua história na arbitragem angolana.