O Presidente João Lourenço recebeu, sexta-feira, em audiência, em Lisboa, o ex-Primeiro-Ministro português, António Costa, que foi agradecer, pessoalmente, o Chefe de Estado angolano pela "excelente relação" que foram mantendo ao longo dos oito anos que esteve à frente do Governo.
O Presidente João Lourenço defendeu, quarta-feira, na União Africana, a construção de uma África mais unida, em paz e dedicada ao progresso e ao desenvolvimento.
Para a consumação deste desiderato, João Lourenço, que falava na qualidade de "Campeão da União Africana para a Paz e Reconciliação em África”, disse que os governos, partidos políticos, organizações da sociedade civil e os cidadãos são chamados a contribuir para a harmonia, compreensão e sã convivência entre os povos e nações do continente.
"Não temos outras opções que não sejam a da edificação da paz, da segurança e da estabilidade, para cuidarmos da ingente tarefa que consiste na criação de condições humanas e materiais, com o objectivo de promover o desenvolvimento económico e a melhoria das condições de vida das nossas populações”, destacou o Presidente João Lourenço, cuja intervenção foi o ponto mais alto da celebração da efeméride.
Sobre este particular, o estadista angolano realçou a necessidade de todos os africanos, sobretudo os jovens, passarem a assumir as iniciativas que levem à construção de uma cultura de paz e a inclinação para a diplomacia preventiva, como vectores insubstituíveis de prevenção de conflitos no continente. Para o Presidente João Lourenço, o "Dia da Paz e Reconciliação em África” é uma "data de grande relevância”, que impele o continente a fazer uma reflexão sobre o percurso feito até aqui e sobre o caminho que resta percorrer, na busca da realização dos grandes objectivos da paz, da estabilidade e da reconciliação.
O estadista angolano lembrou que, desde a designação como "Campeão para a Paz e Reconciliação em África”, em Maio de 2022, pela União Africana, passou a dedicar-se, com maior empenho, na resolução do conflito que se desenrola no Leste da República Democrática do Congo (RDC), assim como a contribuir para a normalização das relações políticas e diplomáticas entre aquele país e o vizinho Rwanda.
No exercício destas responsabilidades, prosseguiu, tem-se empenhado na busca de soluções pacíficas para os diferentes conflitos que perduram em várias regiões do continente africano, encorajando, de forma permanente, ao diálogo, além de promover consultas políticas como via para o reforço da confiança e para a construção de entendimentos entre as partes desavindas. Disse ser dentro deste espírito que Angola tem procurado dar a sua melhor contribuição para a construção de uma cultura de paz. A título de exemplo, o Presidente João Lourenço mencionou o Fórum Pan-Africano para a Cultura de Paz e Não-Violência, mais conhecido por Bienal de Luanda, que o país alberga a cada dois anos, no quadro de uma parceria estabelecida com a União Africana e a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
"Em finais do ano transacto, realizou-se, em Luanda, a terceira edição deste fórum, em que participaram Chefes de Estado e de Governo, entidades políticas de diferentes níveis e personalidades de distintos ramos da vida social, política e cultural dos nossos países, para, em conjunto, abordarmos as questões relativas à promoção de uma cultura de paz e não-violência em África”, recordou.
No entanto, João Lourenço manifestou preocupação em relação à subida do número de focos de tensão e "conflitos intensos” no continente, como a guerra no Sudão e os golpes de Estado na África Ocidental e Central, os quais, como sublinhou, têm dilacerado vidas humanas e provocado a destruição da estrutura social e material das sociedades e das famílias onde ocorrem essas disputas, criando instabilidade nos países limítrofes e no continente, em geral. Apesar deste quadro, João Lourenço prometeu, enquanto Campeão da União Africana para a Paz e Reconciliação Nacional, trabalhar, sempre, na busca de soluções que levem à conquista e preservação da paz, da reconciliação nacional, da democracia e do respeito dos direitos humanos no continente africano. "Permitam-me expressar a todas as irmãs e irmãos africanos a minha confiança num futuro promissor de pleno resgate da dignidade dos povos de África, de prosperidade e de progresso.
Desejo a todos um feliz Dia da Paz e de Reconciliação em África. Viva a África!”, concluiu o estadista angolano.
A reunião do Conselho de Paz e Segurança da União Africana analisou a Política de Desenvolvimento e Resolução Pós-Conflito. O "Dia da Paz e Reconciliação em África” está a ser comemorado pela segunda vez.
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