Mundo

Jovens santomenses pedem o fim da greve

O Conselho Nacional da Juventude e estudantes santomenses apelaram, neste domingo, ao diálogo entre o Governo e os sindicatos para “o fim imediato” da greve dos professores que paralisa as escolas do arquipélago, deixando 80 mil crianças sem aulas.

25/03/2024  Última atualização 10H15
Sociedade santomense abalada pela paralisação dos profissionais da Educação do país © Fotografia por: DR

A presidente do Conselho Nacional da Juventude (CNJ), Endeusa Joaquim, manifestou "profunda preocupação” em relação à greve, considerando que "está a impactar não apenas os profissionais da educação, mas também as famílias e jovens” do país.

"Devemos reconhecer os constrangimentos significativos que esta paralisação das aulas tem causado aos pais e encarregados de educação, bem como às crianças e jovens que estão privados do acesso à educação, um direito essencial para o seu desenvolvimento”, apontou a líder do CNJ, num comunicado de imprensa citado pela Lusa. "Neste sentido apelamos veementemente ao diálogo, ao consenso e à responsabilidade social tanto por parte do Governo quanto das centrais sindicais da educação. É fundamental que ambas as partes se comprometam a encontrar uma solução que ponha fim imediato a esta greve e que permita o retorno das crianças, adolescentes e jovens às escolas”, acrescentou.

A greve geral dos professores teve início nas primeiras horas do dia 1 de Março e paralisou todas as escolas do arquipélago, do ensino pré-escolar ao secundário, para exigir o aumento do salário base de 2.500 para 10 mil dobras, cerca de 100 para 400 euros, sendo este o único ponto ainda sem acordo, segundo o Primeiro-Ministro.

A líder da maior plataforma juvenil são-tomense apelou "à sensatez, à compreensão mútua e à vontade de encontrar uma solução rápida e

eficaz para esta situação”, sublinhando a necessidade de, juntos, se superar "este impasse” e garantir que as crianças e jovens retornem às aulas.Por seu turno, Sokheyna Santiago liderou sexta-feira uma equipa da Associação dos Estudantes do Liceu Nacional (AELN) que pediu esclarecimento ao Primeiro-Ministro, Patrice Trovoada, para saber "qual é a solução que o Governo tem para travar essa greve”. Segundo a estudante, o chefe do Governo reafirmou que não será possível aumentar o salário de base dos professores, mas prometeu reunir-se com os sindicatos na próxima semana.

A presidente da AELN disse que também se reuniu com os sindicatos dos professores que "disseram que os motivos da greve não é apenas o aumento salarial, mas também a qualidade do ensino”. Diante do impasse, sem fim à vista, a representantes dos alunos apelou aos sindicatos e ao Governo que "sentem à mesa, resolvam os problemas e que regressem às aulas porque os prejudicados são os alunos, principalmente os que têm exame no final do ano e depois têm que entrar para a universidade”.

Comentários

Seja o primeiro a comentar esta notícia!

Comente

Faça login para introduzir o seu comentário.

Login

Mundo