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Junta militar dissolve associação de estudantes

A Junta Militar anunciou, quinta-feira, a dissolução da Associação de Alunos e Estudantes do Mali (AEEM), que acusa de ser responsável pela violência e confrontos durante vários anos no ambiente escolar e universitário, segundo um comunicado de imprensa do Conselho de Ministros, citado pela AFP.

16/03/2024  Última atualização 12H20
© Fotografia por: DR

"As acções em questão semeiam agitação no espaço escolar,  universitário e provocam perturbações nas aulas, assassinatos e destruição de propriedade pública e privada, através de violentas manifestações de rua e porte ilegal de armas”, afirma o Governo.

O comunicado dá conta de confrontos armados "entre os diferentes clãs da referida associação”, o mais recente dos quais, a 28 de Fevereiro, "causou a morte de um jovem estudante e vários feridos graves”.

 "Tendo em conta estas conclusões, a Associação de Alunos e Estudantes do Mali (AEEM) é dissolvida.” No Mali, as organizações estudantis são frequentemente vistas como potenciais centros de agitação política. Em 1991, os estudantes estiveram na linha da frente da luta pela queda do General Moussa Traoré, deposto por um golpe de Estado liderado pelo Tenente-Coronel Amadou Toumani Touré.

O Imam Mahmoud Dicko, uma figura religiosa influente, é um dos poucos que ousa expressar abertamente as suas divergências com os militares no poder, depois de ter sido um dos seus apoiantes. Ele está, actualmente, no exterior do país. O Alto Comissariado considera "essencial” que as autoridades protejam o espaço cívico, garantam o pleno respeito pelas leis do Mali e que cumpram as suas obrigações "ao abrigo do direito internacional e regional dos direitos humanos.

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