O Papa Francisco considerou, esta sexta-feira, a liberdade de imprensa fundamental para distinguir a verdade da mentira, numa mensagem por ocasião do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa.
As forças ucranianas lançaram um ataque massivo de drones em regiões como Belgorod, Bryansk e Kursk, de sexta a sábado, disse, sábado, o Ministério da Defesa russo, sublinhando que as acções foram interceptadas pelos sistemas de defesa aérea.
"Foram destruídos 50 veículos aéreos não tripulados: 26 sobre a região de Belgorod, dez sobre a região de Bryansk, oito sobre a região de Kursk, dois sobre a região de Tula e um sobre as regiões de Smolensk, Ryazan, Kaluga e Moscou”, pontulizou o Ministério russo.
Acrescentou que, entre a noite da sexta-feira e a madrugada de sábado, as tentativas de Kiev de realizar uma série de ataques utilizando veículos aéreos não tripulados do tipo avião foram frustradas.
No entanto, o porta-voz da Presidência russa, Dmitry Peskov, ao comentar ataques de drones ucranianos em território russo, enfatizou que Kiev continua as actividades terroristas, mas que os militares russos estão em alerta e fazem o necessário para travar os ataques.
A Ucrânia tem enviado drones e mísseis para a Rússia, quase diariamente, desde que lançou a sua contra ofensiva no início de Junho de 2023. A Organização das Nações Unidas afirmou, em Agosto do ano passado, após um ataque fracassado de drones em Moscovo, que não queria ver qualquer alvo civil envolvido.
Unidade na protecção do espaço europeu
As autoridades de Kiev afirmaram que através da onda de drones e mísseis iranianos que foram abatidos antes de atingirem os alvos em Israel, demonstram as possibilidades e os limites do apoio dos Estados Unidos e aliados à Ucrânia.
"Os Estados Unidos e seus parceiros ajudaram Israel, então por que é que não nos ajudarão a nos protegermos dos ataques russos”, indagaram algumas autoridades ucranianas.
"Parece extremamente estranho: como é que a população civil da Ucrânia ou a infra-estrutura civil difere da população civil de Israel do ponto de vista humanístico?", perguntou Mikhail Podolyak, conselheiro do Presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, durante entrevista à NBC News.
Para Kiev, o aparente duplo padrão surge num momento particularmente perigoso, escreve a imprensa. Ocidente não fornece à Ucrânia a mesma ajuda contra drones que oferece a Israel, admite Josep Borrell.
As autoridades ucranianas têm soado o alarme há semanas, alertando que sem fornecimentos urgente de novo apoio militar, a Ucrânia não será capaz de conter as forças russas, que avançam no campo de batalha e a atacam pelo ar.
Na última segunda-feira, Zelensky apresentou um pedido de apoio para defesa aérea bastante directo. "Os céus europeus poderiam ter recebido o mesmo nível de protecção há muito tempo, se a Ucrânia tivesse recebido apoio total semelhante dos seus parceiros na intercepção de drones e mísseis", disse, "acrescentando que agora podemos ver como a unidade pode funcionar".
No entanto, os Estados Unidos da América e os parceiros ocidentais deixaram clara a sua relutância em ir tão longe com a Ucrânia como fizeram no Oriente Médio.
"Os EUA e a OTAN têm sido inflexíveis em não entrarem em conflito com a Rússia. Ninguém quer se envolver […]", disse Frank Ledwidge, antigo oficial de inteligência militar britânico e professor sênior de estudos de guerra na Universidade de Portsmouth, citado pela imprensa.
O Presidente norte-americano, Joe Biden, também deixou claro que Washington não assumirá um papel de combate na Ucrânia, disse o coordenador de comunicações estratégicas do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, a repórteres no início da semana.
"Conflitos diferentes, espaço aéreo diferente, quadro de ameaça diferente", declarou Kirby. À medida que a Ucrânia esgota as suas reservas de munições e mísseis de defesa aérea, tanto os ucranianos como as autoridades em Kiev olham para a resposta dos EUA, no caso de Israel, e para a nova ajuda que o Congresso dos EUA tem viabilizado, com crescente frustração.
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