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Líbia e Argélia acolhem mais migrantes do Níger

As migrações do Níger para a Líbia e Argélia aumentaram significativamente desde que a Junta Militar no poder agravou as medidas contra o tráfico, segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM).

21/02/2024  Última atualização 09H33
Migrantes do Níger © Fotografia por: DR

 "Desde Dezembro de 2023, os fluxos não param de aumentar", refere um relatório da OIM a que a agência France Presse teve ontem acesso, atribuindo este aumento "à revogação da lei 036/2015", de Novembro passado.

No Norte do Níger, um corredor para migrantes subsaarianos a caminho da Líbia, Argélia ou Europa, os fluxos transfronteiriços aumentaram 50% em comparação com Dezembro de 2023 e as saídas do Níger, 69%, segundo a OIM. Os migrantes são sobretudo do Níger (75%), Nigéria (7%), Tchad (5%) e Mali (2%).

A grande maioria dos nigerinos pratica a chamada migração 'circular', entre o Níger e os países do Magrebe, por oportunidades económicas, ao contrário dos migrantes de outras nacionalidades que se dirigem para as fronteiras da Europa.

A controversa lei de 2015 fez do Níger um parceiro estratégico na política de migração da União Europeia (UE). Em Novembro, quando da revogação, a comissária europeia para os Assuntos Internos, Ylva Johansson, manifestou-se "muito preocupada” com a decisão do Níger, afirmando que há "um grande risco de que isto cause mais mortes de migrantes no deserto" e que provavelmente também levará mais migrantes a irem para a Líbia e "tentarem atravessar o Mediterrâneo para a EU”.  

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