A África do Sul prepara-se para novo escrutínio, com o Congresso Nacional Africano (ANC) em rota descendente depois de, nos primeiros anos, parecer querer construir o país sonhado por Mandela, informou, ontem, agência Lusa.
O líder do Governo de transição do Burkina Faso, capitão Ibrahim Traoré, defendeu, segunda-feira, a necessidade de lutar pela soberania africana, num encontro com milhares de apoiantes, em Ouagadougou capital do país.
Ibrahim Traoré, de 35 anos, prestou homenagem à juventude do Burkina Faso pela sua "vigilância cívica e patriótica" e pela "consolidação das conquistas" da transição, afirmando estar determinado em "devolver a soberania ao povo do Burkina Faso", noticia a agência France Presse.
Traoré está no poder desde o Golpe de Estado ocorrido no fim de Setembro de 2022, num país alvo da violência 'jihadista', à semelhança dos seus vizinhos Mali e Níger, também, governados por regimes militares. Os três países, que se afastaram de França e se aproximaram de Moscovo, formaram a Aliança dos Estados do Sahel (AES) e anunciaram a sua saída da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
Apelando a uma "luta contra o imperialismo", o capitão Traoré desejou que "os africanos deixem de ter pena de si próprios" e pediu uma luta que coloque a soberania "em primeiro lugar".
O encontro foi convocado por um grupo de organizações civis pró-regime. Os participantes, na maioria jovens das 13 regiões do país, reuniram-se no Palácio dos Desportos de Ouagadougou 2000, agitando bandeiras do Burkina Faso e cartazes com a imagem de Traoré.
Os apoiantes destacaram, como conquistas do regime militar, a reabertura de escolas, encerradas pela ameaça dos grupos 'jihadistas', e a reinstalação de famílias deslocadas nos seus locais de origem. A violência 'jihadista' no Burkina Faso, atribuída a movimentos armados próximos da Al-Qaeda e do grupo Estado Islâmico, provocou a morte a cerca de 20.000 pessoas e mais de dois milhões de deslocados, desde 2015.
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