Os dados foram tornados públicos, ontem, pelo responsável do Departamento do Centro Nacional de Desminagem (CND) na província da Huíla, Tomás Calundungo, acrescentando que foram desactivados doze engenhos explosivos de vários calibres e 80 munições que reforçavam a potência das minas.

Segundo Tomás Calundungo, foram realizadas várias campanhas de sensibilização, o que fez com que a população ajudasse a localizar zonas suspeitas de existência de minas, onde foram desactivados 25 engenhos de diversos calibres, que representavam autêntico perigo à população e animais, fundamentalmente gado bovino.

As acções de desminagem e sensibilização das famílias, sublinhou, permitiram reduzir, consideravelmente, os casos de acidentes com minas e outros engenhos explosivos. "Hoje, a mulheres e crianças das zonas mais recônditas já denunciam às autoridades quando se confrontam com objectos estranhos”.

Tomás Calundungo deu a conhecer que decorrem várias acções que visam a verificação do espaço adstrito à subestação eléctrica da comuna da Arimba, arredores da cidade do Lubango.

"Estamos a ampliar os espaços com vista a melhorar, cada vez mais, as manobras das máquinas”, disse, acrescentando que decorrem acções para fazer com que o espaço seja entregue à empresa que vai se encarregar pela implantação da linha de alta tensão Caconda-Lubango, provavelmente no dia 30 de Abril do corrente ano”.

Os 27 técnicos das províncias da Huíla e do Huambo, explicou, têm se confrontado com casos relacionados à falta de visibilidade em consequência dos constantes nevoeiros, que, às vezes, chegam a durar um a dois dias, incluindo chuvas que chegam a durar mais de dois dias.

"Quando a obra for entregue, vão estar criadas as condições para que a linha de transporte de 400 KVA, Caconda-Lubango, seja implantada”.

A linha de alta tensão tem uma extensão de 343 quilómetros e 60 de largura, devendo transportar 2.271 MVA. "Os trabalhos estão a contemplar, também, os arredores, sobretudo com suspeitas de minas”.