O livro com 67 páginas, comporta 40 poemas escritos em dez anos e chega ao mercado com a chancela da Editora Azul, transformando-se num ganho para o autor como poeta, assim como para a literatura angolana.

Na cerimónia de lançamento do livro, Ismael Farinha agradeceu aos amantes da literatura presentes, sublinhando que "sem vocês não teria razão de escrever, apesar de ser um bom leitor e coleccionador de obras de diferentes géneros literários”.

Já o mestre de cerimónia, o escritor e crítico literário  Hélder Simbad, disse que com o livro de estreia, Ismael Farinha vem mostrar à sociedade que "estamos diante de um poeta que está a criar bases no seu início de carreira, ao lançar o livro ‘Prelúdio - Dito Interdito’”, ao invés de colocar no mercado um conjunto de livros, "que é diferente de publicar obras literárias”.

Segundo Hélder Simbad, a estreia de Ismael Farinha no mercado literário é fruto da vasta colecção de livros que possui na sua biblioteca doméstica, com 400 obras, desde prosa, poesia, romance, contos, ficção e outros géneros literários.

O crítico literário aproveitou a ocasião para exortar os leitores a lerem o livro, por considerar uma importante ferramenta para o mercado literário e para os estudantes e amantes da literatura.

Mabanza Xavier Esteves Kambaca, a quem coube a responsabilidade de escrever o prefácio, descreveu que o autor utiliza no livro de estreia uma expressão de amor muito forte, no sentido bem diferente do que "nos acostumamos a ler”.

"Ao falar de amor, fá-lo de duas formas, como o erótico e o amor irónico, trespassando, dentro do assunto sobre o amor, trechos de inconformidades e reivindicações sociais, ideias cuja relevância guardam uma certa sátira das coisas humanas”.

O autor, originário de Luanda, é contabilista de profissão, poeta declamador, activista cultural e sindicalista. Tem um acervo com 400 títulos, assim como é o mentor do projecto "Palavra Poética”, no Atelier do artista plástico Guilherme Mampuya. É mestre de cerimónia das "Noites de Poesia”, na Fundação Arte e Cultura, na Ilha do Cabo, membro da Sociedade Angolana de Direitos de Autor (SADIA) e da Associação Cultural Chá de Caxinde.