Lula da Silva realçava o facto de o estado de São Paulo ser governado por um aliado e ex-ministro de Jair Bolsonaro. Com investimentos públicos e privados, o túnel terá uma extensão aproximada de 860 metros e ficará submerso no fundo de um canal até uma profundidade de 21 metros.

"Este acto aqui, mais do que o anúncio de dinheiro para o porto de Santos, significa que nós precisamos de retomar esse país à normalidade. E a normalidade é a gente respeitar o direito à diferença", afirmou o Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, citado pela Lusa na apresentação do projecto do túnel, em Santos, com a presença do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.

Na cerimónia, Lula da Silva disse que o túnel é necessário e muito importante e que o Governo decidiu "chamar o governador de São Paulo [Tarcísio de Freitas]" para trabalharem em conjunto. "É assim que deve governar um país", declarou. "Tarcísio, você terá da Presidência da República tudo o que for necessário, porque não estou a beneficiar o governador, estou a beneficiar o estado mais importante da federação", acrescentou Lula da Silva.

Por sua vez, o governador Tarcísio de Freitas disse que, depois de 100 anos, o projecto do túnel entre Santos e Guarujá está a sair do papel, momento que descreveu como "emblemático". Freitas especificou que o investimento de recursos públicos será dividido meio a meio entre o governo regional de São Paulo e o Governo central.