Dados do balanço partilhados, ontem, em Luanda, avançam que o Plano Nacional de Fomento das Pescas (PLANAPESCAS) fixou como meta a produção média de quatro mil toneladas, ante ao histórico de 2,3 mil toneladas anuais.

Todavia, os indicadores mostram uma superação acima de 450 por cento das projecções. Também foram registados mais de seis mil empregos criados, apesar de apenas 11 das 18 províncias partilharem informação com a Direcção Nacional da Aquicultura.

De acordo com o director nacional, António Onde, é a primeira vez que o sector ultrapassa as cinco mil toneladas de pescado proveniente da aquicultura (criação de peixe). António Onde fez ainda saber que mais de 600 empresas foram registadas no ano passado, uma opção demonstrativa de interesse de investidores e potencial de negócio.

"O resultado do sucesso da produção é fruto de vários factores que contribuíram para os números concretizados, com maior destaque para os incentivos disponibilizados pelo Executivo, bem como o crescente número de empresas a abraçarem a actividade”, disse.

De um número inicial de 162 empresas, a Direcção Nacional da Aquicultura viu serem registadas, só em 2023, outras 664, o que totaliza as 826 empresas.

Em termos de produção por província, Uíge lidera com 5.863 toneladas, seguida do Bengo com 1.113 e Cuanza-Sul, com 964 toneladas. As restantes províncias registam números de produção mais abaixo.

Por um lado, fruto do grande desempenho do sector, a actividade aquícola no país contribui, significativamente, na criação de mais postos de trabalho e, neste contexto, António Onde  avançou que, de 2013 a 2023 foram criados 6.730 novos postos de trabalho.