Mundo

Manhique garante gestão virada para os cidadãos

O novo presidente de Maputo, capital de Moçambique, Razaque Manhique, eleito nas autarquias de 11 de Outubro do ano passado, pediu, ontem, união de todos os munícipes no âmbito de “uma gestão inclusiva e virada para todos os cidadãos”.

08/02/2024  Última atualização 13H10
© Fotografia por: DR

O novo dirigente de, Manhique vem das "bases” do partido no poder: foi primeiro secretário do Comité da Frelimo na Cidade de Maputo, vice-presidente da Assembleia Municipal de Maputo e chefe da bancada da Frelimo naquele organismo. Um total de 65 novos autarcas e membros das assembleias autárquicas moçambicanas tomaram posse, ontem, na sequência das sextas eleições municipais realizadas em 11 de Outubro do ano passado.

A Frelimo, partido no poder, vai governar em 60 das 65 autarquias, na sequência dos resultados do escrutínio de Outubro. "Devemos todos juntar as nossas mãos para trabalharmos pela nossa cidade. Tenho fé de que melhores dias virão para a nossa cidade”, declarou Razaque Manhique, eleito pela lista da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) para um mandato de cinco anos.

No total, na manhã de ontem, 71 novos membros da assembleia municipal da capital moçambicana tomaram posse, dos quais 37 são da Frelimo, 30 da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) e quatro do Movimento Democrático de Moçambique (MDM).

O novo presidente do município de Maputo substitui o 'veterano' Eneias Comiche, 84 anos, economista com um longo currículo político e eleito pela Frelimo, depois de uma disputa em que o seu principal oponente foi Venâncio Mondlane, que liderou a lista da Renamo.

"Esta é a cidade que todos nós queremos vê-la desenvolvida, e só poderá acontecer com as nossas mãos juntas”, frisou o presidente eleito. Razaque Manhique, um jurista de 41 anos, é apontado como uma aposta diferente da Frelimo, que sempre optou por candidatos politicamente mais experientes para a principal autarquia moçambicana.

 Movimentação de rebeldes no Norte

A movimentação de rebeldes, nos últimos dias, na localidade de Natuco, distrito de Mecúfi, província de Cabo Delgado, está a agitar a população, disse, ontem, à Lusa um líder local.  "A situação não é normal, a nossa população está muito agitada", declarou Ali Anli, chefe da localidade de Natuco, localizada a mais de 100 quilómetros de Pemba, capital de Cabo Delgado.

Embora as primeiras movimentações no distrito de Mecúfi tenham sido registadas sem ataques a civis, segundo a fonte, algumas pessoas de localidades do interior decidiram abandonar a região com destino à sede distrital ou à capital provincial. "Há relatos de que costumam capturar pessoas, obrigando-as a indicar o caminho para os destinos que procuram chegar. Depois as mandam- voltar para as suas casas. Eles seguem em direcção ao rio Lúrio, na fronteira entre as províncias de Cabo Delgado e Nampula", declarou Ali Anli.

A província de Cabo Delgado enfrenta há seis anos uma insurgência armada com ataques reivindicados pelo grupo Estado Islâmico, que levou a uma resposta militar desde Julho de 2021, com apoio do Rwanda e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), libertando distritos junto aos projectos de gás.

As Forças de Defesa e Segurança nos distritos de Macomia, Quissanga e Muidumbe, entre os mais afectados, têm recuperado áreas que estavam sob domínio dos grupos armados. O conflito no Norte de Moçambique já fez um milhão de deslocados, de acordo com o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), e cerca de 4 mil mortes, segundo o projecto de registo de conflitos

Comentários

Seja o primeiro a comentar esta notícia!

Comente

Faça login para introduzir o seu comentário.

Login

Mundo