Em declarações, a propósito do Dia Mundial do Rim, assinalado a 9 de Março, o médico disse que na maioria das vezes os doentes renais são assintomáticos e a prevenção constitui a melhor forma de tratamento.

Segundo o especialista, quando o rim está danificado, é difícil e bastante oneroso o seu tratamento.

"Muitas vezes, as vítimas são acometidas por sintomas como infecção urinária, anemia, cansaço e mal-estar, o que pode ser confundido com outras patologias e, depois, quando menos esperam, acabam por evoluir para o estado avançado”, sustentou.

Entre as acções preventivas, apontou os investimentos em diagnóstico e tratamento precoces, assim como ter maior cuidado com a alimentação, controlo do consumo de bebidas alcoólicas e a prática regular de exercícios físicos.

O médico acrescenta que as pessoas com doenças como diabetes e hipertensão precisam de priorizar os cuidados com os rins, mediante o acompanhamento médico regular, para fazer controlo da função renal.

Apesar da hipertensão arterial ter 41,4 por cento de culpa, seguida da diabetes milites com 11,5 por cento, existem quase 34 por cento dos casos de falência renal que ainda não se sabe quais são as causas, pois a maioria dos doentes chega aos hospitais em situação de emergência ou urgência nefrológica, já com necessidade de fazer a diálise.

Estudos indicam que, todos os anos, em cada um milhão de habitantes, pelo menos 100 pessoas entram em falência renal crónica.

O objectivo desta data, criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2006, é consciencializar a população mundial para a importância do rim na saúde do homem e reduzir a ocorrência de problemas de saúde ligados a doenças renais.

A data tem ainda por objectivo orientar o paciente com doença renal crónica sobre os seus sintomas, para que possa participar, de forma mais efectiva, na rotina da vida quotidiana.