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Meio milhão de novos trabalhadores recrutados pela indústria de Defesa

O Presidente russo, Vladimir Putin, anunciou, ontem, que mais de meio milhão de russos entrou desde 2022 para a indústria da Defesa, um número ilustrativo da intensidade do esforço de guerra para suportar o ataque à Ucrânia.

03/02/2024  Última atualização 13H30
© Fotografia por: DR

"No último ano e meio, foram criados 520 mil novos empregos na indústria da Defesa", declarou Putin num fórum de apoio à ofensiva na Ucrânia, na cidade de Tula, cerca de 200 quilómetros a sul de Moscovo.

Desde 2022, a Rússia reorientou completamente a sua economia para a indústria de armamento e aumentou a sua produção, apesar das sanções impostas pelo Ocidente, que visavam em especial dificultar o fabrico de armas e de munições.

Moscovo conseguiu, contudo, contornar algumas dessas medidas e adquirir a microelectrónica de que necessita, nomeadamente na Ásia.

O Governo previu para 2024 um aumento de quase 70% do orçamento federal destinado à Defesa.

Mas, a concentração da economia russa nas actividades da Defesa - sector em que os salários são elevados -, além da mobilização de centenas de milhares de homens e do êxodo para o estrangeiro de um número igualmente significativo, conduziu à escassez de mão-de-obra noutros sectores, como a construção, a agricultura, entre outros.

Segundo Putin, a Rússia tem "6.000 empresas pertencentes ao complexo industrial da Defesa, que empregam 3,5 milhões de pessoas", além de "10.000 (...) subcontratantes".

Embora a linha da frente na Ucrânia esteja praticamente congelada, alguns observadores concordam que, agora, a capacidade de produção de armamento e munições, tanto do lado ucraniano - apoiado pelo Ocidente - quanto do lado russo, será fundamental para a continuação deste conflito de alta intensidade.

"Neste momento, para ter êxito no campo de batalha, é necessário reagir rápida e adequadamente ao que lá está a acontecer", sustentou, acrescentando: "Quem fizer isso mais rapidamente é que ganha".

Por seu lado, a Ucrânia apela ao Ocidente para "travar" a produção de armas na Rússia, assegurando que 95% dos "componentes essenciais estrangeiros" utilizados no armamento russo foram produzidos no Ocidente.

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