O Festival Internacional de Jazz realiza-se, hoje e amanhã, a partir das 17h30, na Baía de Luanda, um evento que vai contar com a participação de 40 artistas e combinar a música e as artes visuais.
O ministro da Cultura, Filipe Zau, felicitou segunda-feira, em Luanda, os grupos de dança do país pela relevância que esta linguagem corporal representa, quer como manifestação artística, quer como riqueza patrimonial, dada a diversidade de estilos em presença.
As obras de poesia “Pontos e Parágrafos nos Regaços da Noite”, do escritor Fernando Goi (Felelé de Papel), e “Mar de Pensamentos”, de Maurício Hossi (Poeta Kekulé), foram lançadas, na sexta-feira, na Biblioteca Provincial do Huambo, no âmbito das celebrações do Dia da Paz e da Reconciliação Nacional.
Escritas e editadas em 2023, ambas retratam em poemas as vivências, desejos e reflexões actuais do povo ovimbundu, em pleno século XXI. Patrocinadas pelo Comité Técnico de Gestão do Orçamento do Munícipe do Huambo, tiveram uma tiragem de apenas 50 exemplares cada.
O escritor Fernando Goi, que assina com o pseudónimo "Felelé de Papel”, contou que "Pontos e Parágrafos nos Regaços da Noite” é a sua obra de estreia no mercado literário e retrata o contexto sociocultural, político e económico, bem como traz uma perspectiva do país e do Huambo de modo particular.
"A obra apresenta um projecto de construção de uma sociedade centrada nos mais variados problemas que afectam a sua população, como é o caso do analfabetismo, falta de patriotismo, emigração, reconhecimento e amor pelo nosso país e saudades pelos que já partiram”, considerou.
O escritor Fernando Manuel Goi disse que o amor à pátria angolana e os valores culturais foram os principais motivos que o levaram a escrever esta obra de 60 poemas, distribuídos em 74 páginas.
Por sua vez, Maurício Hossi, que assina com o pseudónimo "Poeta Kekulé”, o poemário "Mar de Pensamentos” é também a sua estreia na literatura. O escritor afirmou que a obra promove a reflexão sobre as relações interpessoais, sobre o mundo, especialmente de Angola.
"A obra traz uma análise desde o período de guerra terminada há 22 anos e o que ainda falta fazer para o alcance de outras metas importantes para todos os angolanos, além do desenvolvimento tecnológico e económico”, explicou.
Com 84 páginas, o livro possui uma composição de 67 poemas, que despertam a necessidade de resolver os conflitos sociais sem recorrer ao uso da força física, para evitar a violência e as agressões humanas nas comunidades.
O coordenador do Comité Técnico de Gestão do Orçamento do Munícipe, Adérito Hucui, disse que a iniciativa de apoiar o projecto literário surgiu da necessidade de dar voz e vez aos talentos literários da província.
Criado à luz do Decreto Presidencial número 234/19 e 235/19, de 22 de Julho, o Comité Técnico tem apoiado vários projectos sociais a nível do município sede.
"Este projecto literário foi financiado com um valor aproximado de 700 mil kwanzas e enquadra-se no programa de apoio às iniciativas locais para a juventude”, esclareceu.
Na cerimónia de venda e sessão de autógrafos das duas obras literárias participaram escritores, membros da Administração Municipal do Huambo, docentes universitários e sociedade civil em geral.
Bienal do Livro Africano está adiada para Maio
A primeira edição da Bienal do Livro Africano, anteriormente prevista para acontecer entre 4 e 16 do corrente mês, na cidade do Huambo, foi adiada para Maio. Segundo a organização, problemas técnicos com o local do evento estão na base do adiamento da bienal, que agora deverá decorrer de 17 a 29 de Maio, na mesma cidade.
Em comunicado de imprensa citado sexta-feira pela Angop, a organização pede desculpas às delegações da África do Sul, Brasil, Cabo Verde, Guiné Conacri, Moçambique, Malawi, Marrocos, Namíbia, Portugal, São Tomé e Zimbabwe, que já se encontram em Luanda desde o dia 28 de Março último.
Sob o lema "Uma África em paz e sem guerra”, o certame, uma iniciativa da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil, prevê reunir mais de 200 agentes culturais e personalidades de África, América e da Europa. Prevê abordar temas como "A diversidade tecnológica e a literatura inclusiva, para uma África unida e sem guerra” e a "Inteligência artificial”, para além de juntar, num só lugar, fazedores de teatro, dança, músicos e artistas de outras vertentes culturais, como artes cénicas, de África, Europa e América.
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