A Vice-presidente do MPLA, Luísa Damião, recebeu esta terça-feira, em audiência na Sede do Partido, em Lunda, o líder fundador da Igreja Maná, Jorge Tadeu.
Angola e a Organização das Nações Unidas (ONU) lançaram, esta terça-feira, em Luanda, o projecto Diálogo Nacional sobre o Financiamento para o Clima, sob o lema “Promovendo Investimentos Sustentáveis em Angola”.
A ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, defendeu, terça-feira, em Luanda, a necessidade de uma coordenação dinâmica entre as autoridades de saúde pública, animal e ambiental da África Central, para permitir o asseguramento eficiente, implementação e sustentabilidade das medidas preventivas e reactivas.
A ministra esclareceu que visando a melhoria da saúde regional e continental, cinco dos Estados-membros da Unidade de Comunicação e da CEEAC, nomeadamente, Angola, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, República do Congo e Tchad, têm beneficiado de financiamentos do Banco Mundial, no quadro do Programa Regional de Aperfeiçoamento de Sistemas de Vigilância de Doenças (REDISSE IV), com o objectivo de apoiar o fortalecimento dos sistemas de vigilância doméstica.
O financiamento do novo projecto, sublinhou, é uma iniciativa louvável e observa os progressos significativos quanto ao reforço do sistema de saúde, com particular realce à cooperação e a vigilância transfronteiriça, tendo em conta a capacidade laboratorial para o diagnóstico, capacitação dos quadros, reorganização dos serviços de saúde animal, assim como iniciativas substanciais a nível da saúde ambiental.
A
ministra da Saúde acredita estarem evidenciados motivos suficientes para a
continuidade da estratégia de financiamento e colaboração do projecto. "As
expectativas sobre o encontro são elevadas, porque estão a ser debatidos
assuntos que trarão possíveis resoluções e, consequentemente, permitir que a
origem das propostas apresentadas sirva para a próxima sessão do Comité
Directivo Regional”, disse.
Estratégias assertivas
A governante realçou que as várias estratégias abordadas durante o encontro são assertivas, fundamentalmente, na prevenção e resposta às epidemias no continente, assim como a nível da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC).
Sílvia Lutucuta manifestou a sua satisfação por Angola ter sido o país escolhido para a realização do evento, considerando a ocasião ideal para reforçar os laços de amizade e de cooperação.
Reafirmou a necessidade do reforço dos mecanismos de coordenação para a implementação e manutenção de estratégias que permitam, em conjunto, uma resposta melhor e oportuna aos principais desafios identificados e causados por diversos eventos de saúde.
Sílvia Lutucuta referiu que o território da Região Africana exige particular atenção, pelo facto de as florestas serem reservatórios de doenças infecciosas e emergentes. Uma realidade que torna preponderante a união de esforços para combater os desafios que possam comprometer uma resposta eficaz aos eventos de saúde, que estão cada vez mais associados a doenças emergentes.
A ministra da Saúde revelou que pelo facto de Angola assumir a organização desta reunião, sublinha o empenho e o forte compromisso na resolução dos problemas de saúde dos cidadãos.
Por esta razão, destacou que o encontro marca o início dos trabalhos dos subcomités técnicos regionais do projecto de reforço do sistema de vigilância das doenças na África Central, sendo a quarta fase (REDISSE IV). A actividade, referiu, serve, também, como um encontro único para abordar temáticas que afligem as populações e que impactam significativamente no bem-estar e no desenvolvimento socio-económico das nações.
Os principais temas a serem abordados são "A Situação Sanitária dos Países Beneficiários do REDISSE IV”, "Lições aprendidas sobre a colaboração com a OMS AFRO (JEE e Outros)”, "Experiência do UNICEF na implementação do estudo-piloto sobre Género e Vigilância na RDC” e "Experiência de Angola na implementação da abordagem ‘Uma Só Saúde /One Health’”.
África Central tem hoje 200 milhões de habitantes
A ministra da Saúde informou que a Região Central de África tem aproximadamente 200 milhões de habitantes, sendo a população maioritariamente jovem, considerada uma zona rica em recursos naturais e com a segunda maior floresta do mundo, a do Mayombe, depois da Amazónia, na América do Sul.
A reunião de Luanda, que decorre durante três dias, é realizada no Hotel de Convenções de Talatona. No encontro, estão presentes especialistas representantes dos sectores responsáveis pela saúde humana, animal e ambiental dos países beneficiários do REDISSE IV, assim como peritos do Banco Mundial e demais parceiros.
A Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC) foi criada em Dezembro de 1981, em Libreville, Gabão, mas tornou-se operacional em 1985 e os seus objectivos estão focados em promover a cooperação e o desenvolvimento auto-sustentável, com particular ênfase para a estabilidade económica e melhoria da qualidade de vida das pessoas.
Os Estados-membros são Angola, Burundi, Camarões, Tchad, Congo, Gabão, Guiné Equatorial, República Centro-Africana, República Democrática do Congo e São Tomé e Príncipe.
A política da CEEAC inclui um plano de 12 anos para eliminar impostos de alfândegas entre os Estados-membros e estabelecer uma pauta externa comum, assim como consolidar o livre movimento de bens, serviços e pessoas, melhorar a indústria, o transporte e as comunicações, manter a união dos bancos comerciais e a criação de um fundo de desenvolvimento.
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