O ministro da Cultura, Filipe Zau, destacou, quinta-feira, em Luanda, o papel das igrejas para o alcance e consolidação, há 22 anos, da paz efectiva no país.
De acordo com o ministro, que falava no culto que decorreu sob o lema "Deixo-vos a Paz, não vo-la dou como o mundo a dá" (S. João 14:27), as igrejas tiveram uma participação activa para o fim do conflito armado em Angola através da sua influência no seio do povo, da sua mensagem evangélica, das intervenções sociais e comunicações dirigidas às partes anteriormente em conflito.
No culto, em que participaram mais de mil fiéis, entre entidades políticas e sociedade civil, o ministro chamou a atenção para a necessidade de todos participarem com bons exemplos para que a paz perdure nas vidas e nas consciências.
"A cooperação entre o Estado e as igrejas é uma das maiores garantias para a paz, a reconciliação nacional, a unidade nacional, do estado de direito e democrático, da justiça social e dos direitos humanos", disse o ministro, acrescentando que sem o respeito por estes princípios não é possível haver desenvolvimento e bem-estar social.
Ao celebrar os 22 anos de paz e de reconciliação nacional, continuou, o povo está engajado em fazer de Angola um país de todos e para todos, no espírito de comunhão em Cristo, onde o papel cultural da religiosidade, do civismo, da ética e da moral cristã é determinante para a construção de uma nação próspera.
"A
paz é a maior bênção de Deus que um povo pode receber. Basta olhar para as
tragédias dos países hoje envolvidos em guerras. Estes acontecimentos
dramáticos as gerações mais velhas poderão explicar aos mais jovens o que era
Angola em tempo de conflitualidade armada", explicou o governante. Com a
paz, disse, Angola tem mais e melhores hospitais, escolas, estradas, agricultura
e melhor indústria.
Voz do CICA
A secretária-geral do Conselho de Igrejas Cristãs em Angola(CICA), reverenda Deolinda Teca, disse que a paz em Angola não deixa de ser uma responsabilidade espiritual da Igreja, porque para os cristãos a paz é um dom de Deus.
Por isso, continuou, embora a paz seja uma celebração, é também momento de reflexão sobre aquilo que aconteceu, o que está a acontecer e o que deve acontecer para que os angolanos continuem a viver em paz.
A reverenda salientou ainda que os conflitos que alguns países enfrentam nos dias de hoje não são bons para a vida humana, por isso os angolanos precisam de agradecer a Deus para que a guerra nunca mais volte a criar dor e luto no país.
"Agora com o calar definitivo das armas de guerra, não deixa de ser uma grande oportunidade de continuarmos a pensar no país que temos e no país que queremos ter. Por isso, todos nós temos a responsabilidade de defender esta paz, de promovê-la e juntos olharmos sobretudo nas questões sociais", recomendou.
Além disso, salientou, é preciso também rever as questões ligadas à educação moral e cívica, ética e patriótica. É necessário que a família se empenhe em trabalhar na transformação das mentes e atitudes junto da sociedade.
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