A igualdade e a equidade de género, destacou, não podem ser vistas como empecilhos para o órgão, pelo contrário, o Ministério do Interior reafirma, firmemente, que é necessário continuar a impulsionar e promover a igualdade de oportunidades, por via do mérito. "Exorto os chefes de distintos níveis a efectuarem avaliações, propondo para o exercício de funções de direcção e chefia senhoras que respondam aos requisitos exigidos, capacitadas e verdadeiramente comprometidas com o trabalho”, orientou o ministro Eugénio Laborinho.

 Aposta contínua na mulher

O ministro disse que é importante reconhecer os esforços já realizados no domínio da igualdade de género, acrescentando que, actualmente, a maneira como a sociedade olha para as mulheres não é similar a do passado, graças à luta pela valorização e empoderamento feminino.

A nível do Ministério do Interior, sublinhou, os frutos são visíveis e o quadro de pessoal conta já com mulheres que exercem cargos de direcção e chefia.

"Há mulheres a ocuparem vários cargos nas direcções nacionais, comandos municipais, chefias de departamento, secções e esquadras, não apenas na Polícia Nacional, mas, também, em distintos órgãos executivos do Ministério do Interior”, descreveu. Eugénio Laborinho encorajou as mulheres a continuarem na aposta e no reforço do conhecimento técnico e científico, visando a qualificação profissional, para que possam responder, com eficiência e sabedoria, aos desafios impostos e alcançar, com dignidade, a posição que almejam. Este evento, ressaltou, é uma oportunidade para discutir, com profundidade e transparência, os problemas que ainda afligem a mulher, no contexto profissional, e contribuir para que o preconceito em relação à mulher e a sua participação na sociedade seja ultrapassado. "Reafirmo o compromisso de continuar a olhar para a causa de género como um aspecto fundamental para a concretização das estratégias emanadas pelo Executivo, com vista ao fortalecimento do papel da mulher no desenvolvimento pleno do país”, garantiu.

Mulheres unidas

A coordenadora do evento, Joaquina da Silva, avançou que o "Roda Viva à Mulher do MININT” teve como objectivo auscultar e discutir as preocupações das mulheres a nível do Ministério do Interior. A comissária disse que são vários os problemas que afligem as mulheres do MININT, porém, com este encontro, alguns poderão ter soluções imediatas.

"Questões relacionadas à habitação, saúde e outras de nível interno vão ser levadas em conta”, avançou, acrescentando que, nesta primeira edição,se vai encontrar um ponto comum para a resolução dos problemas, principalmente o papel da mulher na corporação.

Joaquina da Silva garantiu que eventos como este poderão ser realizados nas províncias do Cuando Cubango, Uíge, Moxico e Cunene. "Vamos continuar a realizar actividades do género para que nos sintamos mais unidas e levar as nossas preocupações a quem de direito”, disse. O evento contou com a presença de mais de 500 mulheres.