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Moçambique: Presidente Filipe Nyusi pede união para travar o terrorismo

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, disse, domingo, que a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) está consciente da necessidade de união para travar o terrorismo em Cabo Delgado, apesar da retirada da missão militar da organização até Julho.

25/03/2024  Última atualização 10H00
Mais Alto Magistrado da República de Moçambique © Fotografia por: DR

"Todos estão conscientes de que é preciso continuarmos unidos e a trabalhar arduamente para vencermos o terrorismo em Cabo Delgado, apesar do plano de retirada das forças da missão militar da SADC até Julho”, declarou Filipe Nyusi, numa mensagem divulgada na sua página da rede social Facebook, um dia após participar na cimeira extraordinária da Troika da SADC para defesa e segurança e que decorreu em Lusaka.

A missão da SADC em Moçambique (SAMIM) está em Cabo Delgado desde meados de 2021 e, em Agosto de 2023, a SADC aprovou a prorrogação da missão da SAMIM por mais 12 meses, até Julho de 2024, prevendo um plano de retirada progressiva das forças dos oito países da região que a integram. "Como moçambicanos, precisamos de estar preparados para esta realidade. Não fiquemos distraídos. A responsabilidade maior está connosco. Precisamos de estar todos unidos e concentrados”, declarou o Chefe de Estado moçambicano, acrescentando que os países da região se manifestaram abertos para uma cooperação bilateral, caso se justifique.

A ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação moçambicana disse na véspera que a missão militar da SADC vai abandonar o país devido a limitações financeiras. "A SAMIM está a enfrentar alguns problemas financeiros e nós [Moçambique] também temos de tomar conta das nossas tropas e teríamos dificuldades em pagar pela SAMIM. Os países não estão a conseguir colocar o dinheiro necessário (...)”, declarou à emissora pública de televisão moçambicana Verónica Macamo, à margem da cimeira.

A província de Cabo Delgado enfrenta há seis anos uma insurgência armada com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico. A insurgência, que desde Dezembro de 2023 voltou a recrudescer com vários ataques às populações e forças armadas, levou a uma resposta militar desde Julho de 2021, com apoio primeiro do Rwanda, com mais de 2 mil militares, e da SADC, libertando distritos junto aos projectos de gás.

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