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Moçambique: Sociedade preocupada com Direitos Humanos

O Centro para a Democracia e Desenvolvimento (CDD), Organização Não-Governamental (ONG) moçambicana, está preocupado com a qualidade dos Direitos Humanos, com o aumento de relatos de excesso de uso de força policial, acções de grupo terroristas na região Norte do país e desacato às autoridades.

11/02/2024  Última atualização 10H31
© Fotografia por: DR

"A situação é preocupante, as polícias têm agido com força desproporcional, configurando violação dos direitos humanos, principalmente no  último trimestre de 2023”, afirmou o director do CDD, Adriano Nuvunga, em conferência de imprensa, citada pela Lusa.

Em finais de Dezembro, o comandante-geral da Polícia da República de Moçambique (PRM) reconheceu certos excessos na actuação policial, considerando que se tratou de episódios "imprevisíveis” e que a missão da corporação era garantir a ordem pública.

"Há sempre situações imprevisíveis, e nós tivemos incidentes aqui [Chiure] em que um jovem perdeu a vida. A Polícia lamenta esta ocorrência”, declarou Bernardino Rafael, durante um comício na província de Cabo Delgado.

"Não é normal no mundo o comandante-geral da polícia aparecer a pedir desculpas, mas porque nós queremos trazer esta humanização da nossa polícia, é uma obrigação moral, social e espiritual do comandante-geral pedir perdão pelos erros cometidos pelos agentes da polícia”, acrescentou, na altura, Bernardino Rafael.


Autarca encontrada morta

Uma política recém-empossada na Assembleia Municipal de Quelimane, no centro de Moçambique, foi ontem encontrada morta e com sinais de agressão. "O corpo de Celeste Mucunha, da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, partido no poder), foi encontrado em Nicoadala, a cerca de 15 quilómetros do centro da capital provincial da Zambézia (Quelimane)”, disse à Lusa o chefe de Relações Públicas do Comando Provincial da Polícia da República de Moçambique na província,  Miguel Caetano.

"Parte do corpo dela foi encontrado carbonizado, e a outra apresentava sinais de agressão, o que nos leva a concluir que, antes de ser queimada, foi agredida primeiro", explicou Miguel Caetano, acrescentando que as autoridades estão a investigar o caso.

Celeste Mucunha foi vista pela última vez na quarta-feira, no dia em que tomou posse na Assembleia Municipal de Quelimane. Num universo de 65, a autarquia de Quelimane está entre as cinco em que a Frelimo não venceu nas últimas eleições, tendo sido reeleito para o cargo de autarca Manuel de Araújo, da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal força da oposição.

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