Sociedade

Morte de peixes é investigada por suspeita de contaminação

Manuela Mateus

Mais de duzentos mil peixes do tipo “tilápia”, nome científico do cacusso, foram encontrados mortos na fazenda de um empresário angolano, no Kikuxi, em Viana, podendo a tragédia de carácter comercial estar relacionada com uma fábrica, de um cidadão chinês, que, sem autorização das autoridades, fazia a transformação de ferro em pó.

27/02/2024  Última atualização 08H14
Mais de 200 mil cacussos foram encontrados mortos na fazenda de um empresário angolano © Fotografia por: DR

A revelação foi feita, segunda-feira, ao Jornal de Angola, pelo director municipal de Fiscalização e Inspecção das Actividades Económicas e Segurança Alimentar, João Augusto, quatro dias depois de ter sido encerrada, provisoriamente, a fábrica de ferragem.

O representante da Autoridade Nacional de Inspecção Económica e Segurança Alimentar (ANIESA) no município de Viana adiantou que a produção de peixes continua, mas a sua comercialização está suspensa, enquanto não for conhecido o resultado das análises laboratoriais às amostras de peixes mortos, já transportadas para o laboratório do Ministério da Indústria e Comércio.

O número exacto de peixes encontrados mortos é de 221 mil, a maioria em fase de crescimento, de acordo com o director João Augusto, que, no entanto, disse não ter sido ainda calculado o prejuízo pelo proprietário da fazenda que, abalado com a situação, "prefere ficar no anonimato”.

O responsável acentuou que, mesmo que o cidadão chinês trate do licenciamento da actividade que exerce, a fábrica vai ser transferida do Kikuxi, por ser uma área residencial, para uma zona industrial.

"A Direcção Municipal de Fiscalização e Inspecção das Actividades Económicas e Segurança Alimentar e outros órgãos afins vão propor a retirada da fábrica daquele perímetro, para a prevenção de problemas de saúde pública”, salientou o director.

João Augusto deu ênfase à necessidade da retirada da fábrica, por estar localizada nas imediações do canal do Kikuxi, que transporta água bruta, proveniente do rio Kwanza, para uma Estação de Tratamento de Água (ETA) da Empresa Pública de Águas (EPAL).

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