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Moscovo diz que Exército ganha posições vantajosas

O Exército russo avançou e tomou posições mais vantajosas nas últimas 24 horas nos sectores de Kupiansk, Donetsk e Avdiivka da linha da frente na Ucrânia, anunciou, domingo, o ministério da defesa da Rússia.

11/03/2024  Última atualização 10H45
Tropas russas registam avanços no conflito contra a Ucrânia, diz o Ministério da Defesa © Fotografia por: DR

"No sector de Kupiansk [região de Kharkiv], unidades do grupo militar Zapad (Oeste) melhoraram as suas posições na linha da frente", disse o comando russo nas redes sociais, citado pela agência espanhola EFE.

As mesmas unidades atacaram três brigadas mecanizadas do Exército ucraniano nas localidades de Yampilivka e Serebrianka, na região de Donetsk, e Nevske, em Lugansk, segundo o ministério.

As forças do grupo militar Yuzhni (Sul) "ocuparam posições mais vantajosas nas proximidades das localidades de Verknekamenske, Sporne, Kurdiumikva e Novomikhilivka da região de Donetsk".

O ministério disse ainda que no sector de Avdiivka, "as unidades do grupo militar Tsentr (Centro) ocuparam posições mais vantajosas graças às suas acções coordenadas"

Após o fracasso da contraofensiva ucraniana, no Verão, as forças russas tomaram a iniciativa com a tomada do reduto ucraniano de Avdiivka, numa altura em que a ajuda ocidental foi consideravelmente reduzida.

As autoridades ucranianas têm criticado as hesitações dos aliados ocidentais no fornecimento de armamento, designadamente por receio de que seja utilizado para atacar posições em território russo.

O Ministério da Defesa britânico disse, ontem, com base numa avaliação dos serviços secretos, que as forças ucranianas estão a acelerar a construção de posições defensivas na linha da frente.

As forças ucranianas escavaram novas trincheiras e instalaram novos campos de minas e estruturas de defesa antitanque conhecidas como "dentes de dragão", filas de blocos de betão piramidais que bloqueiam a passagem dos tanques.

"A expansão das forças defensivas é muito suscetível de limitar a capacidade da Rússia de avançar ou de tirar partido das vantagens táticas geradas durante as suas operações ofensivas", segundo a avaliação, publicada nas redes sociais.

A Ucrânia e a generalidade da comunidade internacional não reconhecem a soberania russa nas cinco regiões e Kyiv exige a retirada russa do seu território, incluindo a Crimeia, como pré-condição para eventuais conversações de paz.

Desconhece-se o número de baixas civis e militares da guerra, que entrou no terceiro ano, mas diversas fontes, incluindo a ONU, admitem que será elevado.

Mais de dois anos após a invasão russa, a Ucrânia espera realizar em breve na Suíça uma cimeira sobre a paz, segundo a fórmula de Kiev, mas sem a participação de Moscovo. Países como a Turquia, China e alguns Estados-Membros da União Europeia criticam a perspectiva de iniciativas de paz sem a Rússia. O Ministério chinês dos Negócios Estrangeiros advogou a necessidade de inclusão nos esforços de paz.

Os aliados da Ucrânia têm procurado responder às necessidades de armamento das forças ucranianas, em concreto através da iniciativa checa de aquisições conjuntas de munições de vários países ocidentais, mas o principal pacote de ajuda, num valor acima dos 50 mil milhões de euros, está bloqueado há meses no Congresso norte-americano devido à oposição da ala republicana.

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