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A vice-governadora do Cuanza-Norte para o sector Político, Económico e Social disse que as mulheres da província, com idades entre os 17 e 40 anos, residentes nas zonas rurais, têm recebido equipamentos profissionais para o fomento do auto-emprego.
O Governo local, adiantou, tem desenvolvido acções para a emancipação da mulher. "É preciso valorizar mais o ensino técnico-profissional e académico, como ferramentas fundamentais para o empoderamento feminino e garantir a possibilidade da concretização de realizações pessoais em relação à promoção do auto-emprego e defesa dos direitos de género”, disse.
Para a governante, a formação profissional e académica garantem a autoconfiança da mulher e permitem fortalecer a identidade desta, assim como a auto-estima, possibilitando o controlo de múltiplas relações sociais.
Uma mulher formada, realçou, pode transformar a própria vida e da dos demais membros da família e da comunidade, através da busca de conhecimento para o bem-estar comum.
A
instabilidade macroeconómica da província, frisou, marcada por elevadas taxas
de inflação, tem originado alguma fragilidade na capacidade de resposta dos
órgãos do Estado face aos vários problemas que a população e a mulher, em
particular, enfrentam. "São situações que fragilizam a posição da classe, quanto
à desigualdade de género”.
Desigualdades
De acordo com Luzia José, actualmente, as mulheres ainda encontram problemas estruturais que dificultam a busca por igualdade social em todos os domínios, apesar dos vários debates sobre o feminismo e o combate ao machismo.
"Ainda é comum ler e ouvir relatos sobre desigualdades salariais, violência sexual, feminicídio, baixa representatividade da mulher no poder político, entre outros problemas”, salientou.
A governante chamou a atenção dos decisórios políticos e sociais, no sentido de promoverem mais debates sobre questões ligadas à desigualdade de género, assédio, violência sexual e doméstica.
Entretanto, considerou repugnante a ocorrência de crimes de abusos sexuais sofridas por muitas mulheres e meninas e defende, por isso, punição severa para este tipo de crimes.
A vítima de violência sexual, lembrou, fica com sequelas na vida, que podem incluir o surgimento de uma gravidez na adolescência, transtornos de crescimento, depressão ou desequilíbrio emocional. "O fenómeno é um dos factores impeditivos para o desenvolvimento da mulher em vários campos da vida, quebrando a auto-estima e, em certos momentos, levando à morte da vítima”, criticou.
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