Fundamentou que os atletas são o espelho de quem lhes ensina. Por isso, exemplificou "se não és bom em matemática, tens problemas, pois, quem te ensinou na base não te passou bem os conceitos”. Fruto disso, reforçou, urge revisar os conceitos, sistema de formação e dos formadores.

"Para se ultrapassar a disparidade existente entre o basquetebol feminino e masculino, temos que rever aquilo que é a formação e os formadores abraçar a evolução, a tecnologia, separar e categorizar os intervenientes. Aí já estou a falar de treinadores, "personal training", o adjunto e o homem da área médica também, que cada um desses tem o seu espaço de actuação”, apontou.

Esse conjunto de intervenientes, destacou Muzadi, ajuda naquilo que é a produção do atleta que vende bilhetes. O atleta que estiver a executar bem as técnicas, admitiu, é porque teve bons treinadores.

"Dou o meu exemplo, que tive, como técnicos, nas camadas jovens, Victorino Cunha, Mário Palma, Maia Abílio aí o Tony Sofrimento. Eu sou o espelho deles, porque ensinaram-me o ABC do basquetebol”, descreveu.

Victor Muzadi explicou ter melhorado e aperfeiçoado as suas técnicas adiante, mas, a base veio de alguém, sobretudo dos seus treinadores dos escalões de iniciação. Hoje, afirmou que a evolução da base diz respeito aos formadores, área médica, estatística, entre outras. Essa parte, acrescentou, tem que acompanhar a evolução dos atletas.

De acordo com Victor Muzadi, os atletas fazem as performances no campo e os espectadores aparecem na quadra por ter atletas que saltam e ultrapassam o cesto para fazer smash.  "E ai, as marcas também são interessantes, porque temos bons executantes. Creio eu e se estou enganado, peço desculpas. Temos que rever o ciclo daquilo que é o pensar desporto”, ressaltou.