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Navio do Congo Democrático apreendido por pesca ilegal

Fula Martins | Soyo

Jornalista

Uma embarcação de pesca semi-industrial, carregada com mais de duas toneladas de pescado, foi apreendida, no município do Soyo, província do Zaire, quando exercia actividade de pesca ilegal em águas nacionais.

10/05/2024  Última atualização 11H55
Embarcação levava dez cidadãos, detidos por prática de pesca de arrasto, suspensa no país © Fotografia por: Edições Novembro

A informação foi revelada, ontem, no município do Soyo, pelo coordenador do Centro Regional de Inspecção e Fiscalização do Ministério das Pescas e Recursos Marinhos.

Adelino Mateus informou que a embarcação, denominada "Borsa F2”, ostentava a bandeira da República Democrática do Congo (RDC) e tinha dez tripulantes a bordo, sendo dois de nacionalidade chinesa e oito congoleses.

A embarcação, explicou, foi apreendida por pesca ilegal em águas nacionais. "Eles exerciam a pesca de arrasto e no momento o país observa um período de veda de três meses”, disse, acrescentando que a detenção do navio foi na sequência de uma operação que envolveu os efectivos da Região Naval Norte da Marinha de Guerra e o grupo multissectorial de vigilância e fiscalização da costa marítima da província do Zaire.

O coordenador do centro disse que esse tipo de situações é reincidente nos mares do país. "Não é a primeira vez que são apreendidos esses tipos de embarcações”, disse, ressaltando que um factor para tal recorrência é a delimitação das fronteiras marítima norte, que não estão bem definidas.

Muitas embarcações, referiu, que exercem actividade de pesca ilegal em águas nacionais fazem de forma propositada. "Esta embarcação fê-lo de forma intencional, porque um dos membros da tripulação, alertou o capitão que estavam pescar em águas angolanas, mas esse ignorou”, disse. Adelino Mateus disse que essa é a terceira vez que a embarcação é apreendida. "É uma situação agravante e as medidas serão duras”, realçou.

O peixe apreendido, explicou, foi entregue à empresa de processamento de pescado "Canal Ya Poto”, como fiel depositário, enquanto decorrem os procedimentos criminais junto do Ministério Público. "Os membros da tripulação foram entregues ao Serviço de Migração e Estrangeiro e a embarcação à Capitania do Porto do Soyo”, esclareceu.

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