Economia

Novos equipamentos aumentam capacidade de teste de alimentos

Ana Paulo

Jornalista

O Laboratório Central Agro-Alimentar de Luanda recebeu, no último trimestre de 2023, equipamentos de pesquisas e testagem que vão permitir ao país aumentar a capacidade para processar análises e expandir as valências para os laboratórios regionais.

08/05/2024  Última atualização 12H00
Embaixadora da União Europeia (ao cento) e o secretário de Estado percorrem o local © Fotografia por: Francisco Lopes | edições novembro

Os equipamentos foram entregues pela União Europeia, principal financiador  do projecto de apoio à capacidade de cumprimento das normas de segurança e qualidade no domínio do controlo da qualidade dos ali- mentos, e estão avaliados em cinco milhões de euros.

O  primeiro lote de equipamentos chegou ao país em Dezembro do ano passado e o segundo em Janeiro do corrente ano, estando o terceiro no país a aguardar pelo desalfandegamento junto da Administração Geral Tributária (AGT).

O  projecto tem como objectivo reforçar a capacidade nacional de controlo da  qualidade dos alimentos, para assegurar o cumprimento das normas técnicas e de segurança, bem como das medidas sanitárias e fitossanitárias. Além dos equipamentos que já se encontram no país, está prevista, para este ano, a chegada de outros dois lotes.

A entrega oficial dos equipamentos chegados ao país aconteceu, ontem, nas instalações do Laboratório Central Agro-Alimentar de Luanda, afecto ao Serviço Nacional de Controlo da Qualidade dos Alimentos (SNCQA), num acto em que participou o secretário de Estado para as Florestas, André Moda, e a embaixadora da União Europeia em Angola, Rosário Bento Pais.

Em conferência de imprensa, realizada depois da visita efectuada à infra-estrutura, o secretário de Estado para as Florestas declarou que, com o apoio da União Europeia, o país passa a deter um laboratório condigno. Para André Moda, no actual período de crescimento da produção nacional, é importante que o Governo assegure a qualidade dos produtos e serviços, para garantir a saúde da população no domínio do consumo alimentar.

"Sem serviços de qualidade, os cidadãos consumiriam produtos não qualificados e que perigam a saúde da população”, considerou André Moda, notando que o país conta com 26 laboratórios, mas pouco equipados, o que explica os equipamentos de alta tecnologia que vão ser empregues no Laboratório Central Agro-Alimentar.

Reforço na cooperação                                                             

Por sua vez, a embaixadora da União Europeia em Angola destacou que a entrega dos equipamentos vai enriquecer a cooperação com o Governo  de Angola e, ao mesmo tempo, sinalizar o progresso e desenvolvimento dos laços bilaterais.

 "Os equipamentos vão garantir a qualidade dos resultados obtidos no laboratório, assim como satisfazer as exigências do mercado nacional e internacional, principalmente o da União Europeia e o da  Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), contribuindo para aumentar e diversificar as exportações”, frisou Rosário  Bento Pais.

 

Mais de 100 testes por dia

O Laboratório Central  Agro-Alimentar de Luanda tem capacidade para testar uma média diária de 100 a 150 amostras de produtos alimentares e mais de 10 mil por ano, de acordo com a chefe daqueles serviços.

Wladimira Pedro garantiu que todos os produtos de origem vegetal ou animal, antes de serem comercializados, passam a ser testados no laboratório. 

"Temos dois laboratórios, um de  Microbiologia e outro de  Físico-química. No acto de pesquisa, uma amostra pode levar de dois a três dias até à obtenção do resultado final e a decisão de que pode ou  não ser comprado e consumido”, frisou  Wladimira Pedro satisfeita com a entrada de novos meios de trabalho, que serão manejados por mais de 10 técnicos já preparados por parceiros da União Europeia (UE).

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