A garantia foi dada pelo director de Engenharia e Gestão de Projectos da Empresa Pública de Produção de Electricidade (Prodel), à margem da visita do secretário de Estado para a Energia, Arlindo Carlos.

José Sales deu a conhecer que a execução física da empreitada, iniciada em Fevereiro de 2022, está dentro dos prazos contratuais.

A central fotovoltaica do Lucapa, acrescentou, vai produzir 7,19 megawatts (MW) e reduzir o consumo de combustível, através da disponibilidade de energia limpa.

O município do Lucapa, segundo o director de Engenharia e Gestão de Projectos da Prodel, é uma localidade em expansão, com uma actividade económica significativa, com realce à indústria diamantífera, onde o Governo está a investir em energia "barata e mais acessível".

O projecto, sublinhou, está a 93 por cento de execução física e abrange, também, a expansão da rede de distribuição, instalação de 1.700 ligações domiciliares e iluminação pública.

Segundo José Sales, a central está praticamente instalada, tendo sido já feitos os testes preliminares.

Além dos trabalhos de colocação de seis dos dez Postes de Transformação (PT) previstos no projecto, decorrem obras em dez quilómetros da linha de baixa tensão, tendo sido já feitas em 12 quilómetros.

Quanto à iluminação pública, o director de Engenharia e Gestão de Projectos da Prodel esclareceu que estão erguidos 600 postes, com as respectivas ligações, faltando, somente, a colocação das luminárias.

Impacto sócio-económico

José Sales salientou que, com a central fotovoltaica, no âmbito dos investimentos do Executivo em energias limpas, que visam, essencialmente, contribuir para a redução dos gastos que os sectores da economia ainda atravessam com recurso a sistemas térmicos, assegurados por geradores que funcionam a diesel (gasóleo), estão lançadas as bases para o fortalecimento do empresariado no município do Lucapa.

Em termos globais, referiu, o projecto   marca, também, o ponto de partida para a estabilização da rede da sede municipal do Lucapa.

O director de Engenharia e Gestão de Projectos da Prodel disse que estão concluídos os trabalhos de montagem mecânica, com a instalação de 12.090 painéis solares e estruturas de apoio que compreendem a área de engenharia civil.

Outros projectos em curso na região

Dados da Prodel dão conta que, dentro de três anos, cerca de um milhão de cidadãos, nas províncias da Lunda-Norte, Lunda-Sul, Moxico, Malanje e Bié, vão beneficiar de energia solar, no quadro do Projecto de Electrificação Rural de 60 comunas, prevendo-se produzir 265 megawatts (MW).

Em Novembro do ano passado, refira-se, o ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, colocou, na localidade de Cafunfo, município do Cuango, na Lunda-Norte, a primeira pedra do projecto de construção do parque fotovoltaico, no Bairro Gika.

Globalmente, através de uma linha de crédito externa, o Estado vai investir na instalação dos parques fotovoltaicos, nas 60 comunas abrangidas, mais de mil milhões de euros.

Só na Lunda-Norte, o projecto abrangerá quinze localidades, devendo beneficiar 309.891 cidadãos, incluindo a electrificação de 74.368 casas.

Cafunfo, N´zagi, Cuango, Xá-Muteba, Luremo, Caungula, Capenda-Camulemba, Lubalo, Cuilo, Camissombo, Lóvua, Camaxilo, Xinge, Canzar e Capaia são as circunscrições incluídas no projecto.

Para a vila de Cafunfo, local que acolheu o auto de consignação e colocação da primeira pedra, onde, actualmente, existe grande carência de energia eléctrica, as estimativas apontam para 122.430 beneficiários do projecto, por via da electrificação de 29.150 casas.

Numa primeira fase, na Lunda-Norte, o projecto arranca em três localidades (Cafunfo, Cuango e N’zagi).

A   taxa de electrificação na Lunda-Norte, segundo dados do Ministério da Energia e Águas, é ainda muito baixa, mas, com a entrada em funcionamento, em breve, do Aproveitamento Hidroeléctrico do Luachimo, no Dundo, com 34 MW de energia, incluindo as obras em curso do parque fotovoltaico, no município do Lucapa, e projectos em outras localidades, o Executivo garante inverter o quadro.