Política

Obras integradas resolvem os principais problemas das vias e da macrodrenagem

Arão Martins / Benguela

Jornalista

A implementação, com êxito, do Programa das Infra-Estruturas Integradas, em curso na província de Benguela, permitiu, até segunda-feira, numa primeira fase, resolver já os principais problemas das vias e da macrodrenagem que afligiam os municípios de Benguela e do Lobito.

27/03/2024  Última atualização 09H16
Trabalhos de macrodrenagem estão em curso nas cidades de Benguela e Lobito, segundo o vice-governador provincial © Fotografia por: Arão Martins | Edições Novembro – Benguela
O vice-governador para o sector Técnico e de Infra-Estruturas, Adilson Gonçalves, fez o anúncio à imprensa no fim da 1ª Reunião Ordinária do Governo Provincial de Benguela, realizada segunda-feira, sob orientação do governador Luís Nunes. O vice disse que ao nível da macrodrenagem foi feito "um trabalho de vulto”.

Adilson Gonçalves acrescentou que na cidade do Lobito foi possível voltar a colocar a interligação de todos os canais do município, como resultado do trabalho desenvolvido, consubstanciado, também, na limpeza profunda para o escoamento normal das águas de drenagem pluvial.

As intervenções prioritárias, salientou o vice-governador, permitiram a interligação das principais vias, há muito separadas da entrada e saída do município do Lobito com outras cidades. O governante destacou a avenida Sócrates de Bastos, que permite a entrada e a saída do Lobito para as outras cidades, mas que estava em péssimas condições.

"A nível do Programa das Infra-Estruturas, começamos por resolver, numa primeira fase, os problemas que mais afligiam os municípios, quer de Benguela, quer do Lobito”, disse, frisando que na macrodrenagem foi feito "um grande trabalho”.

O vice-governador particularizou a cidade do Lobito, considerada a principal sala de visita do país, explicando que, mediante as obras, se voltou a colocar a interligação de todos os canais do município e fez-se o reperfilamento, o que assegura o escoamento normal das águas da chuva.

Ainda no Lobito, salientou Adilson Gonçalves, se fez a intervenção nas avenidas Salvador Correia e Silveira Pereira, no bairro da Caponte. Para o governante, tais ruas eram das que mais afligiam os munícipes.

Depois das intervenções feitas, reiterou, está-se na fase de preparação, visando a intervenção na principal rua da Avenida do Compão, no Lobito, que, actualmente, é dos maiores problemas do município em termos de piso e da macrodrenagem.

Segundo o vice-governador, esta intervenção vai abranger a questão das águas residuais na zona do Compão, que está abaixo do nível médio das águas do mar, o que faz com que a circulação das águas subterrâneas seja "muito grande”. Adilson Gonçalves considerou o nível freático na zona do Compão "muito grande” e os sistemas de recolha de águas residuais tradicionais (fossas sépticas) deixaram de funcionar por saturação dos solos.

"É preciso completar o sistema de recolha de águas residuais que, no Lobito, já existe. Está situado no bairro do 28 da Caponte”, defendeu, assegurando que a acção vai ser completada.

Para o governante, o trabalho da recolha de águas residuais tradicionais é um projecto separado das obras das infra-estruturas, mas os organismos afins estão a negociar com a Direcção Nacional de Águas, para que se consiga antecipar algumas acções e combinar com as outras a executar pelo Programa das Infra-Estruturas Integradas.

As infra-estruturas integradas de Benguela, elucidou Adilson Gonçalves, estão muito versadas no sistema de recolha de águas pluviais, para depois se fazer a melhoria do pavimento, incluindo a execução dos lancis, passeios, arborização e outros equipamentos sociais, como os jardins.

Adilson Gonçalves informou que, para o município do Lobito, existem muito mais acções.

Acções em Benguela
Relativamente à cidade de Benguela, Adilson Gonçalves destacou os trabalhos desenvolvidos nas avenidas Governador Sousa Coutinho, Silveira Pereira e a Celestino Madeira, esta última vulgo Estrada da Max.

"Estas ruas eram das piores estradas que tínhamos aqui no município de Benguela, mas com uma importância muito grande, porque é através delas que é feito o trânsito rodoviário pesado, apesar do fluxo do trânsito de ligeiros”, esclareceu o vice-governador.

Adilson Gonçalves apontou, também, os trabalhos de profundidade que estão a ser desenvolvidos na Avenida 31 de Janeiro, considerada, igualmente, uma das principais do município de Benguela, além da Avenida Damas Mora.

De acordo com o vice-governador, para o caso da Avenida Damas Mora, é, também, outra via com uma relevância, porque faz "no fundo” a ligação da zona urbana com a periurbana da cidade de Benguela e, ainda, tem a ligação com uma das principais zonas comerciais do mesmo município.

"Aquela zona tem um fluxo de veículos, quer pesados, quer ligeiros, também muito grande”, informou, salientando que são obras que, dentro dos próximos dias, deverão ser concluídas e darão a possibilidade de se começar os trabalhos nas outras avenidas.

"Estas vias referenciadas são as que exigiram de nós um maior volume de trabalho, quer a nível da macrodrenagem, quer da construção do próprio pavimento”, esclareceu, frisando que as outras ruas, longe de serem as menos exigentes, vão ser tratadas de uma forma muito mais simples do que as anteriores, com excepção à Avenida Fausto Frazão, que, também, será alternativa para ter um sistema de recolha de águas pluviais.

"As obras nos próximos tempos, depois de concluirmos esta avenida que acabei de mencionar, conhecerão, também, outra celeridade”, adiantou.

 
Vice governador para o sector Técnico, Adilson Gonçalves

Recuperação de edifícios públicos

As obras das infra-estruturas integradas de Benguela contemplam, também, a recuperação de edifícios públicos, reafirmou o vice-governador provincial.

Segundo Adilson Gonçalves, já se concluíram, de forma parcial, os trabalhos de reabilitação do Museu Nacional de Arqueologia de Benguela, enquanto decorrem, sem sobressaltos, as obras do Cine Monumental, na cidade das Acácias Rubras, e do Cine Flamingo, no Lobito.

Em curso e na fase final, indicou, também, a construção do mercado do Chapanguele, no Lobito. Em Benguela, salientou o vice-governador, estão previstas novas intervenções nos edifícios, com a construção, por exemplo, da Lota Pesqueira.

"Em Benguela, vamos construir, também, uma lota de referência na zona das Tombas, onde já existe uma praça e com uma concentração considerável de pescadores, além dos trabalhos de macrodrenagem”, explicou o vice-governador.

Adilson Gonçalves esclareceu que se vai recuperar, igualmente, o Canal do Kuringi 2, além do trabalho a ser feito de  macrodrenagem nos bairros 70, 71 e outros, situados na zona periurbana de Benguela, a par da recuperação das vias de acesso da zona urbana.

Catumbela

O vice-governador provincial de Benguela informou que, no município da Catumbela, se fez uma estrada de acesso ao novo Campus Universitário, considerada uma das principais zonas da sede municipal e a via já está entregue para a sua utilização.

A nível do município da Baía Farta (28 quilómetros a Sul da cidade de Benguela), está, também, previsto o início de acções ligadas ao projecto: "Actualmente, estamos concentrados, com particular realce, para os municípios do Lobito e de Benguela, por serem os de maior densidade populacional e com mais problemas de infra-estruturas. Naturalmente, o projecto é abrangente”, disse.

A par das grandes obras, esclareceu Adilson Gonçalves, estão a ser feitas obras de tapa buracos, que fazem parte das preocupações do Governo Provincial de Benguela, para garantir que haja uma melhor transitabilidade na zona urbana.

Para o vice-governador, tais acções estão a ocorrer não só em Benguela, mas, também, nos municípios do Lobito, Catumbela e Baía Farta.

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