Política

ONU apela à comunidade internacional a apoiar esforços de paz de João Lourenço

César Esteves

Jornalista

A Organização das Nações Unidas (ONU) apelou, segunda-feira, à comunidade internacional a juntar-se aos esforços do Presidente João Lourenço no processo de pacificação do Leste da República Democrática do Congo (RDC) e da Região dos Grandes Lagos, com apoios que permitam alcançar os objectivos traçados no Roteiro de Luanda.

06/02/2024  Última atualização 06H38
Enviado especial do Secretário-Geral das Nações Unidas recebido ontem pelo Presidente da República, João Lourenço © Fotografia por: Santos Pedro| Edições Novembro

O apelo foi tornado público pelo enviado especial do Secretário-Geral da ONU para a Região dos Grandes Lagos, Huang Xia, no final de uma audiência com o Presidente da República, no Palácio Presidencial, na Cidade Alta.

"Se o Presidente da República de Angola está determinado a levar avante o processo de Luanda, isto quer dizer que precisará de mais apoios, de forma determinada, razão pela qual a comunidade internacional deve estar ao lado de Angola para prestar esta ajuda, para que o processo de Luanda atinja os objectivos preconizados, que passa pela retoma da paz na Região dos Grandes Lagos”, destacou o diplomata de nacionalidade chinesa.

No quadro desta visão, Huang Xia prometeu trabalhar, de mãos dadas, com as autoridades angolanas e da Região dos Grandes Lagos, de modo a alcançar a tão almejada paz naquela zona da RDC.

"As Nações Unidas não pouparão esforços para ajudar o Presidente João Lourenço naquilo que tem a ver com os objectivos a alcançar com o processo de Luanda”, aclarou o enviado de António Guterres, para quem não é momento de baixar a guarda em relação às questões africanas de paz e segurança a nível da Região dos Grandes Lagos.

No que tem a ver com a situação reinante no Leste da RDC, Huang Xia fez saber que as Nações Unidas partilham da mesma visão do estadista angolano, segundo a qual se deve privilegiar a via do diálogo, da diplomacia, da política e de soluções globais que possam levar, de facto, a uma paz duradoura e não se optar pelos caminhos da beligerância, sob pena de agudizar ainda mais o problema.

O enviado especial de António Guterres para a Região dos Grandes Lagos adiantou à imprensa que a região vive, actualmente, momentos favoráveis para a discussão dos problemas patentes, mas, ao mesmo tempo, inquietante, razão pela qual se deslocou a Luanda para ouvir a opinião do estadista angolano sobre o assunto.

O Presidente João Lourenço é o líder em exercício da Região dos Grandes Lagos e Campeão da União Africana para Reconciliação e Paz, título atribuído em reconhecimento do empenho em causas de pacificação do continente africano, com realce para o Leste da República Democrática do Congo.

O estadista angolano tem exercido, nesta condição, um papel fulcral no processo de pacificação do Leste da RDC, cuja instabilidade reinante já chegou a afectar a relação entre a República Democrática do Congo e o Rwanda.

A crise naquela região da RDC é a que mais atenção tem merecido das acções levadas a cabo pelo estadista angolano no quadro do processo de pacificação do continente.

Uma das grandes conquistas até agora alcançadas pelo Presidente João Lourenço, para o fim daquele problema, foi o Roteiro de Luanda, instrumento que vem sendo implementado, tendo já permitido a assinatura do cessar-fogo em vigor desde Março do ano passado.

O documento, considerado pelas Nações Unidas como uma grande solução para aquele problema, foi adoptado em Luanda, a 6 de Julho de 2022, durante a Cimeira Tripartida entre Angola, a República Democrática do Congo e o Rwanda.

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