Os Estados Unidos da América lançaram, no quadro do reforço do pacote de ajuda financeira a Taiwan, Israel e Ucrânia, aprovado há dois dias pelo Senado, uma campanha para aumentar a pressão sobre Pequim em vários pontos, incluindo no apoio à Rússia, sem perder de vista a estabilidade nas relações bilaterais.
A Organização das Nações Unidas (ONU) considera necessária uma investigação às valas comuns encontradas, nos últimos dias, sob os escombros de dois hospitais, na Faixa de Gaza, Al-Shifa e Nasser, frisou, ontem, Stéphane Dujarric, porta-voz do Secretário-Geral, António Guterres.
O Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, apelou, quinta-feira, às partes em conflito no Sudão para que aceitem um cessar-fogo durante o Ramadão, numa altura em que a crise humanitária está a atingir “proporções colossais”.
"Esta cessação das hostilidades deve conduzir a um silenciamento permanente das armas em todo o país e estabelecer um caminho firme em direcção a uma paz duradoura para o povo do Sudão”, acrescentou.
O vice-embaixador britânico, James Kariuki, anunciou que apresentou um projecto de resolução do Conselho que apela a "um cessar-fogo imediato antes do mês sagrado do Ramadão e apela às partes para que permitam o acesso sem entraves da ajuda humanitária através das fronteiras e das linhas da frente”.
O diplomata britânico disse esperar que a resolução seja votada hoje, sendo que o Ramadão começa no início da próxima semana.
Os combates, que decorrem desde 15 de Abril do ano passado, entre o Exército do general Abdel Fattah al-Burhane e as forças paramilitares de apoio rápido (RSF), do general Mohammed Hamdane Daglo, antigo segundo comandante das Forças Armadas, causaram milhares de mortos nesta nação, onde a grande maioria é muçulmana.
"A crise humanitária no Sudão é de proporções colossais. Metade da população – cerca de 25 milhões de pessoas – precisa de ajuda humanitária para sobreviver. Mais de 14 mil pessoas foram mortas, um número que é provavelmente muito mais elevado na realidade”, sublinhou António Guterres.
Segundo o português, "os sistemas de água e de saneamento estão a colapsar e as doenças estão a multiplicar-se”.
Cerca de 18 milhões de pessoas estão em situação de insegurança alimentar aguda: "este é o número mais elevado alguma vez registado durante a época das colheitas, e os números deverão aumentar ainda mais nos próximos meses”, alertou. "Já estamos a receber relatos de crianças que estão a morrer de subnutrição”, afirmou.
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