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ONU pede reforço para apoiar Kiev

O apelo humanitário da ONU para atender às necessidades da Ucrânia tem, apenas, 10% de financiamento para 2024, lamentou, ontem, a coordenadora residente do país, colocando em risco a assistência aos mais necessitados nas áreas da linha de frente.

23/02/2024  Última atualização 11H45
Representante da ONU em Kiev fala em situação dramática © Fotografia por: DR

Denise Brown, a principal representante das Nações Unidas na Ucrânia, afirmou que cerca de 8,5 milhões de ucranianos que vivem em condições precárias perto de zonas de combate correm o risco de ficar sem ajuda humanitária básica, incluindo alimentos e água.

O apelo anual da ONU para a Ucrânia é de 3.100 milhões de dólares (2.870 milhões de euros). "Se não recebermos esse dinheiro, não sei de onde virá", disse Brown em declarações à agência noticiosa Associated Press (AP), salientando que sem os fundos, não haverá possibilidade de manter o número de funcionários da ONU e que estão inteiramente dedicados ao apoio humanitário.

Enquanto o futuro da ajuda militar à Ucrânia está em suspenso, Brown está a pressionar a comunidade internacional e o sector privado das necessidades humanitárias elevadas. A economia da Ucrânia, ainda, está a sofrer as consequências da invasão total da Rússia há dois anos, as famílias estão separadas pela guerra e milhões de ucranianos que vivem perto das zonas da linha da frente.

"Ainda há muito para apoiar", afirmou Brown. As entregas de ajuda das Nações Unidas às zonas da linha da frente, onde a electricidade e a água corrente são escassas, consistem muitas vezes em fornecimentos básicos, disse Brown.

As equipas da ONU, juntamente com organizações parceiras, fazem entregas em zonas em conflito em Kherson, Zaporijia, Donetsk e Kharkiv. Em 2023, as entregas visavam 11 milhões de pessoas. As necessidades incluem água e 'kits' de higiene, que incluem pasta de dentes, papel higiénico e pensos higiénicos. "Muitas vezes, são coisas como fraldas para adultos, porque as pessoas idosas nessas comunidades não têm mobilidade. Tão básico, mas crucial", disse Brown.

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