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Operações do Exército originam a morte de civis

A Comissão de Direitos Humanos etíope (EHRC) acusa as forças governamentais da Etiópia de executarem, a 29 de Janeiro, pelo menos, 45 habitantes de uma cidade do estado regional de Amhara (Norte), em consequência das operações contra as milícias.

15/02/2024  Última atualização 13H25
Operações do Exército © Fotografia por: DR
Instituição pública estatutariamente independente, a EHRC estima, em comunicado, que este balanço está longe da realidade, um vez que falta recolher "informações exaustivas", porque, devido à situação de segurança, o seu trabalho de inquérito "não pode ser integralmente realizado", noticia a Efe.

 A EHRC explicou que está a investigar sobre "vítimas civis consecutivas nos combates entre as forças de segurança governamentais e as Fano", milícias amhara, a 29 de Janeiro, em Merawi, localidade a cerca de 30 quilómetros a sul da capital regional, Bahir Dar. "Sob reserva de um inquérito aprofundado, as constatações desenvolvidas pela EHRC permitiram confirmar as identidades de, pelo menos, 45 civis executados, acusados de apoiarem as Fano", indicou a instituição.

 A EHRC afirmou, por outro lado, que a 19 de Janeiro "pelo menos 15 pessoas, entre as quais mulheres foram mortas", na localidade de Yeidwuha (cerca de 160 km a sul de Bahir Dar), "durante uma operação de buscas sistemáticas em casas, após os combates".

O Parlamento etíope prolongou no início de Fevereiro, por quatro meses, o estado de emergência instaurado em Agosto de 2023 em Amhara, para tentar - sem sucesso até ao momento -- reduzir a insurreição das Fano, desencadeada por uma tentativa do governo federal de desarmar as forças amhara.  

 

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