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Uma escola de artes, que vai garantir a formação de vários jovens e crianças, sobretudo os mais carenciados, foi inaugurada, ontem, na Orquestra Sinfónica Camunga no distrito urbano da Samba, pelo vice- governador para o Sector Político e Social de Luanda, Manuel Gonçalves.
O maestro Camunga, director da escola, explicou que o nome Camunga foi dado por significar uma pequena coisa que nasce, cresce e depois brilha. "A escola identifica-se com isso, por ser um projecto que nasceu pequeno, cresceu e que agora está a brilhar”, avançou.
O responsável acrescentou que a escola, actualmente, conta com dez salas de aula e 2065 alunos, sendo que as aulas serão ministradas nos períodos da manhã e da tarde.
De acordo com o professor, a orquestra existe há 12 anos e depois de vários esforços conseguiu concretizar o sonho de abrir uma escola de artes. "Muitas crianças que aqui começaram, hoje são os professores”, disse.
Maestro Camunga explicou que a orquestra já livrou várias crianças do mau caminho, como da criminalidade e das drogas. "Temos um menino cego que toca piano, a Escola de Artes está a ajudar muito, é disso que os jovens precisam, de instituições que lhes ajudam a desenvolver as suas habilidades”, declarou.
Luísa Pedreira, administradora do distrito urbano da Samba, disse, ao Jornal de Angola, que a inauguração da Escola de Artes foi uma boa iniciativa da Orquestra Camunga.
"Estamos satisfeitos, é uma mais-valia para a sociedade. Há muita criança virada para o lado da delinquência, pois existem muitos pais que abandonam os filhos, por isso é necessário que existam espaços sociais e culturais que possam ajudar na formação desses meninos”, disse, acrescentando, que o maestro Camunga tem feito um bom trabalho para o desenvolvimento da cultura nacional.
Ágata Russell, madrinha do projecto, afirmou que a orquestra tem um impacto positivo na vida e na escolaridade das crianças e dos jovens. "As famílias sentiram logo uma diferença de comportamento, começaram a perceber que os meninos passaram a ter mais responsabilidades com a escola”.
Por seu turno, José Luzia, aluno da orquestra, sublinhou que considera a escola como uma casa. "Desde que me juntei a este grupo sinto que encontrei uma segunda família, porque aqui é o meu lugar de conforto. Estou bastante satisfeito com esta inauguração, porque no lugar onde estudávamos antigamente as nossas aulas eram ao ar livre e sem muitas condições, mas, actualmente, vamos poder ter salas climatizadas e com todos os instrumentos”, disse.
Outro aluno da instituição, Adriano Adão manifestou a sua felicidade pela inauguração da escola, porque antigamente a instituição enfrentava muitas dificuldades e "hoje já vamos ter uma sala para aprender a tocar bateria, então vou ocupar a mente a aprender a tocar mais instrumentos musicais”.
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