Os Estados Unidos da América lançaram, no quadro do reforço do pacote de ajuda financeira a Taiwan, Israel e Ucrânia, aprovado há dois dias pelo Senado, uma campanha para aumentar a pressão sobre Pequim em vários pontos, incluindo no apoio à Rússia, sem perder de vista a estabilidade nas relações bilaterais.
A Organização das Nações Unidas (ONU) considera necessária uma investigação às valas comuns encontradas, nos últimos dias, sob os escombros de dois hospitais, na Faixa de Gaza, Al-Shifa e Nasser, frisou, ontem, Stéphane Dujarric, porta-voz do Secretário-Geral, António Guterres.
A China acompanha com grande preocupação os ajustamentos estratégicos e os objectivos de expansão da OTAN que estão a se tornarmais evidentes, segundo o jornal oficial do Partido Comunista Chinês que acusou, ontem, a aliança de querer transformar a guerra na Ucrânia num conflito à escala mundial.
Em editorial, o Global Times observou uma "preparação da opinião pública para transformar o conflito entre a Rússia e a Ucrânia numa guerra mundial”, após a OTAN classificar a China como "adversário potencial”.
Em causa estão as mais recentes afirmações do secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, a posicionar a China como um "desafio”, durante uma visita aos Estados Unidos da América. "Parece que o líder da maior organização militar do mundo já não restringe a definição do conflito Rússia - Ucrânia à Europa, mas vê-o como indicativo de um conflito geopolítico global”, observou o Global Times.
"Em consequência, [Stoltenberg] procura legitimar a expansão global da OTAN”, acrescentou. O jornal oficial do Partido Comunista da China apontou ainda que "a expansão é a necessidade interna da aliança, enquanto a guerra é a sua necessidade externa”.
"Sem guerra, esta organização militar perderia a sua razão de ser. A OTAN tem de ter um objectivo claro. Se não tiver, tem de o criar”, escreve o jornal.
No seu novo conceito estratégico, a OTAN classificou a Rússia como uma "ameaça” e a China como um "desafio sistémico” aos seus "interesses, segurança e valores”. "A China está a aumentar substancialmente a sua capacidade militar, incluindo armamento nuclear, e a intimidar os países vizinhos e a ameaçar Taiwan”, destacaram os aliados.
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