Em declarações à imprensa, Carmem Van-Dúnem explicou que o apelo surge pelo facto de os professores estarem a reclamar que muitos pais estão a levar os filhos à escola, apesar de apresentarem um quadro de conjuntivite avançado.

A médica disse que esta é uma das razões que tem contribuído para a aumento acelerado da doença em Luanda porque as crianças levam a doença à escola, contaminam os colegas e os professores e estes, por sua vez, carregam a doença aos seus familiares, em casa.

A directora clínica do IONA reiterou que as crianças com conjuntivite devem ficar em casa durante três a cinco dias, e evitarem a exposição ao sol, não tocar em objectos de casa sem necessidade, evitar coçar os olhos, lavar as mãos regularmente e manter distância de lugares com aglomeração.

Segundo a médica, a conjuntivite é uma doença altamente contagiosa e com um período de encubação muito curto, sublinhando que o principal meio de contágio é o contacto directo.

 "Por isso, nesta fase, deve-se evitar dar as mãos e beijar as pessoas. Seguindo estas regras básicas, vamos conseguir controlar rapidamente o surto de conjuntivite que está a propagar-se de forma acelerada”, exortou.

 Carmen Van-Dúnem informou que, durante os primeiros cinco dias do mês em curso, foram registrados 118 casos de conjuntivite, dos quais 37 por cento são hemorrágicas e os demais são do tipo epidérmico, ambas altamente contagiosas.

A médica salientou que as principais queixas dos pacientes com conjuntivite são ardor, vermelhidão, hemorragia conjuntival, inflamação das pálpebras, lacrimejo, sensação de areia nas vistas e comicham. Algumas vezes, os sintomas incluem a fotofobia (intolerância à luz solar) e comichão.