Política

País quer auto-suficiência em derivados do petróleo

Geraldo Quiala | Pequim

Jornalista

Angola, apesar de ser um país produtor de petróleo com relevância na África Subsaariana, tem apenas uma refinaria, a de Luanda, cuja produção representa cerca de 20 por cento das necessidades internas em produtos refinados, anunciou, em Pequim (China), o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo.

19/03/2024  Última atualização 09H00
© Fotografia por: Edições Novembro

Para inverter este quadro e tornar o país autosuficiente em produtos derivados do petróleo, estão a ser construídas três novas refinarias, uma delas de maior capacidade (processamento de 200 mil barris de petróleo por dia), propriedade exclusiva da Sonangol, que tem a construção adjudicada a uma empresa chinesa e está aberta a interessados em participar no capital social da refinaria.

Neste particular, o país está a construir um Terminal de Armazenagem de Produtos Derivados do Petróleo, com a capacidade de 580 mil metros cúbicos, cujo termo da primeira fase da obra está previsto para o final deste ano.

Para a segunda etapa do projecto, está prevista uma capacidade adicional de 130 mil metros cúbicos e a construção aberta a potenciais investidores.

"A transição energética é um facto em marcha, do qual não nos podemos excluir. Neste sentido, o sector petrolífero angolano desenvolveu um projecto de energia solar de 25 Megawatts (primeira fase) e pretendemos implementar outros projectos não só de energia solar, como também de produção local de painéis solares”, disse Diamantino Azevedo.

Sendo a China o maior produtor de painéis solares, Angola conta estabelecer parcerias com empresas chinesas neste domínio, razão pela qual o ministro explicou que, no âmbito da transição energética, a Sonangol tem dois potenciais projectos para a produção de Hidrogénio Verde, aproveitando o excedente de energia hidroeléctrica existente.

Do mesmo jeito que se mostrou optimista quanto ao sector mineiro, disse que o Executivo está determinado em criar as condições para a garantir o crescimento contínuo da área do Petróleo e Gás, até porque o país é estável, atractivo e aberto aos investidores e empresas chinesas, exemplificando algumas no Upstream, com participação em vários blocos petrolíferos.

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