A delegação angolana ao Fórum Mundial da Educação que decorre em Londres, de 19 a 22 de Maio, tomou contacto com experiências do Senegal, Bangladesh e da UNESCO sobre o tema “Optimizar a Educação Verde no Ensino Primário”.
Cerca de 576 mil angolanos são portadores de transtornos de espectro autista, entre os quais 157 mil residem na província de Luanda, segundo estimativas do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Estes dados foram apresentados, ontem, em Luanda, pela ministra da Saúde, no acto de abertura do seminário sobre autismo, subordinado ao tema "Da infância à vida adulta”.
Sílvia Lutucuta afirmou que os dados apresentados reflectem a necessidade de haver mais investimentos em pesquisas e capacitação de recursos humanos, visando a melhoria da abordagem das necessidades das pessoas com autismo.
A governante deu a conhecer que a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que uma em cada 36 crianças, em todo o mundo, tem transtornos de espectro autista.
A ministra da Saúde defendeu a necessidade de se reforçar o diagnóstico precoce e a intervenção que deve ser feita desde a infância até a fase adulta, para atribuir mais valências às pessoas portadoras desta patologia.
Sílvia Lutucuta garantiu que no âmbito do plano de formação dos 38 mil profissionais de saúde, que está a ser levado a cabo pelo Ministério da Saúde, serão formados especialistas em psicoterapia, fisioterapia, terapias ocupacionais, pedagogia e psicomotricidade.
De acordo com a governante, todos estes especialistas têm uma acção mais virada às alterações do neurodesenvolvimento, como é o caso do autismo. Logo, acrescentou, se existirem no país vários profissionais da área, os autistas terão melhorias significativas no que toca à qualidade de vida. Na opinião da ministra da Saúde, o seminário sobre o autismo, realizado em colaboração com especialistas braseiros, representa uma oportunidade crucial com a intenção de reunir profissionais de Saúde, pais e cuidadores, para compartilharem conhecimentos, experiências e melhores práticas de abordagem dos problemas dos portadores de espectro autismo.
"Ao colaborarmos e aprendermos uns com os outros, podemos avançar significativamente na melhoria da qualidade de vida e bem-estar das pessoas com autismo, não só em Angola”.
Transtornos do espectro autista são distúrbios do neurodesenvolvimento, caracterizados por deficiência de interacção e comunicação social, desenvolvimento intelectual irregular, frequentemente com retardo mental.
Os sintomas começam cedo na infância. Na maioria das crianças, a causa é desconhecida, embora existam evidências de um componente genético. Em alguns pacientes, a doença pode estar associada a uma causa médica.
O diagnóstico é baseado na história sobre o desenvolvimento e observação.
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