Política

País tem fortes indicadores de combate aos crimes ambientais

Elizandra Major

Jornalista

O secretário de Estado do Ambiente, Yuri Walter de Sousa, revelou, terça-feira, em Luanda, haver fortes indicadores que apontam para os desafios de Angola no combate aos crimes ambientais e à protecção da vida selvagem.

07/03/2024  Última atualização 08H24
Yuri Walter aponta medidas contra os crimes ambientais © Fotografia por: Arsénio Bravo| Edições Novembro
Em declarações aos jornalistas, à margem do seminário sobre "Fluxos Financeiros ilícitos relacionados com os crimes da vida selvagem”, o responsável esclareceu que os indicadores no país estão relacionados com o crescimento de medidas de combate ao tráfico de espécies ameaçadas, bem como do comércio ilegal de produtos derivados da vida selvagem.

Yuri Walter de Sousa disse ser necessário que os profissionais estejam envolvidos na protecção da vida selvagem, munindo-se, também, das ferramentas adequadas para identificar, investigar e descontinuar os fluxos financeiros ilícitos provenientes das actividades criminosas.

A preservação do ambiente e da vida selvagem, acrescentou o secretário de Estado, torna-se cada vez mais urgente e imperativo, sugerindo, por isso, a união de esforços e a adopção de estratégias inovadoras, para defender e conservar as riquezas naturais.

O director da Unidade de Informação Financeira, Gilberto Capeça, fez saber que o relatório de 2020 do Grupo de Acção Financeira (GAFI) orienta para a necessidade de cada país avaliar os riscos de branqueamento de capitais, relacionado com o comércio ilegal da vida selvagem e garantir a existência de um quadro jurídico robusto, com vista a perseguir as finanças dos traficantes da vida selvagem e prosseguir com as investigações financeiras.

Gilberto Capeça reconheceu, igualmente, que o Estado angolano tem vindo a implementar um conjunto de medidas e acções para fazer face ao conjunto de deficiências, identificadas nos relatórios da avaliação mútua do país.

Para o chefe da Política da União Europeia, Paulo Simões, a organização posiciona-se como uma plataforma do tráfico mundial de espécies selvagens, com papel fundamental a desempenhar na luta contra este mal.

O dirigente europeu informou, também, que, em Angola, a densidade e diversidade de animais selvagens está em declínio, tendo destacado que um dos principais factores é a "caça furtiva”, favorecida pelo comércio ilegal de animais, que desde o período pós-conflito armado passou de actividade de subsistência a comercial de pequena, média e  grande escala.

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