Mundo

Países do Sahel avaliam combate ao terrorismo

Líderes africanos discutiram, no último fim de semana, soluções para o combate ao terrorismo no continente durante uma cimeira de alto nível sobre segurança, na capital nigeriana, Abuja, visando a implementação de uma força conjunta de dissuasão na região do Sahel.

01/05/2024  Última atualização 09H25
Forças militares vão actuar em conjunto contra os extremistas © Fotografia por: DR
De acordo com o Centro Africano para o Estudo e Pesquisa sobre o Terrorismo (ACSRT), África testemunhou uma média de oito incidentes relacionados com o terrorismo, com 44 vítimas diárias, em 2023. Este número inclui 7 mil civis e 4 mil militares mortos em ataques.

O Conselheiro de Segurança Nacional da Nigéria, Nuhu Ribadu, enfatizou a necessidade urgente de combater o terrorismo em África e destacou as diversas ameaças representadas por grupos terroristas, sublinhando a importância de estratégias de segurança integradas, noticia a Reuters.

 "Estes grupos exploram vulnerabilidades locais e contribuem para a instabilidade contínua, obrigando a criação de estratégias de segurança integradas, que combinem esforços de cooperação militar, económica e regional”, disse Ribadu.

Durante 15 anos, a Nigéria, nação mais populosa de África, tem lutado contra uma série de ataques violentos de grupos insurgentes que consolidaram os seus redutos em áreas da conturbada região africana do Sahel, deixando milhares de mortos.

O Chefe de Estado nigeriano, Bola Ahmed Tinubu, na qualidade de presidente do bloco regional da África Ocidental, CEDEAO, apelou ao estabelecimento e fortalecimento adequados de uma força militar regional de reserva. Esta força, inicialmente proposta em resposta ao golpe de Julho de 2023 no Níger, funcionaria como um elemento dissuasor contra as operações terroristas em grande escala, disse. No entanto, a instabilidade política na região do Sahel impediu a unidade regional.

 Os líderes do Burkina Faso, do Mali e do Níger, gravemente afectados pela insurreição, estiveram ausentes da cimeira depois de enfrentarem sanções por golpes de Estado.


Comentários

Seja o primeiro a comentar esta notícia!

Comente

Faça login para introduzir o seu comentário.

Login

Mundo