"Entendemos começar, hoje (ontem), pela assinatura do memorando de entendimento sobre as consultas políticas. Mas logo a seguir, portanto, estamos preparados, os dois países, para assinarem outros instrumentos em áreas mais concretas, nomeadamente o acordo de protecção e promoção recíproca de investimentos, o acordo de prevenção à dupla tributação, o acordo de isenção de vistos nos passaportes diplomáticos e de serviço e, quem sabe, evoluirmos para todos os passaportes e outros acordos específicos em diferentes áreas da cooperação económica”, referiu o Chefe de Estado.

João Lourenço disse, ainda, que, "na intenção de aprofundarmos os laços de cooperação, precisamos de actualizar os instrumentos jurídicos que vão servir de base para essa mesma cooperação, que se pretende  que seja profícua”.

O Presidente da República referiu que Angola está interessada em cooperar com a República Checa nos domínios agropecuário e da indústria extractiva e transformadora, devido às valências que a República Checa tem nestas matérias.

O Chefe de Estado referiu-se, igualmente, à área do ensino superior, ciência, tecnologia e no turismo, sublinhando que endereçou um convite às autoridades checas para fazerem parte da fase interessante que o turismo angolano começa a conhecer.

Os empresários deste sector, reforçou João Lourenço, vão abraçar o convite e que outros domínios de interesse comum poderão, a partir de agora, ser identificados. A defesa foi outra das áreas destacadas para a cooperação com a República Checa.

O Chefe de Estado justificou o interesse pelo facto de a República Checa ter conseguido uma evolução positiva nesse sentido, depois da queda do Muro de Berlim.

"A República Checa conseguiu modernizar as suas Forças Armadas, algo que nós também gostaríamos de fazer e contar com este país”, afirmou.

O Presidente João Lourenço deu a conhecer, ainda, na conferência de imprensa, que endereçou ao Presidente Peter Pavel o convite para visitar Angola na melhor oportunidade, que será identificada entre os dois ministros das Relações Exteriores.

"Portanto, esta minha visita, acredito, vai servir como um grande impulsionador das relações da amizade e da cooperação entre os nossos países”, assegurou o Chefe de Estado.

Vontade política

João Lourenço ressaltou a vontade política manifestada ao mais alto nível, ao nível dos respectivos chefes de Estado, sublinhando que "daqui para frente, não só os governos terão muito trabalho por realizar, como também a própria sociedade civil dos dois países, sobretudo a representada pelas classes empresariais, que têm de se aproximar, identificar oportunidades e fazerem os investimentos que julgarem importantes fazer, no sentido de que ambas as partes saiam a ganhar.