O Festival Internacional de Jazz, agendado para decorrer de 30 deste mês a 1 de Maio, na Baía de Luanda, tem já confirmada a participação de 40 músicos, entre nacionais e estrangeiros, e o regresso da exposição de artes visuais com obras de 23 artistas plásticos, anunciou, sexta-feira, em conferência de imprensa, no Centro de Imprensa da Presidência da República, CIPRA, o porta-voz da Bienal de Luanda, Neto Júnior.
O artista plástico, João Cassanda, com a obra “Mumuíla Feliz”, e o escultor Virgílio Pinheiro, com a escultura “Piéta Angolana”, são os vencedores da 17.ª edição do Grande Prémio ENSA-Arte 2024, tendo arrebatado uma estatueta e um cheque no valor de seis milhões de kwanzas.
O pesquisador Eugénio Faraó exortou, em Luanda, os jovens, a estudarem mais a história dos povos africanos, no geral, e os angolanos, em particular, com objectivo de buscar mais conhecimentos sobre hábitos e costumes das nações.
O apelo foi feito no Centro Cultural António Agostinho Neto, no Bairro Operário, durante a primeira conferência "Sawubona África”, inserida nas comemorações do Dia da Libertação da África Austral, que se assinalou no mesmo dia, uma iniciativa do Fã Clube Sawubona.
A ideia, disse, foi juntar vários investigadores num painel, onde foram analisados temas como "Aspecto Culturais dos Povos Bantu na África Austral”, "Um Caminho para a Unidade Africana”, "Integridade e Contributo dos Jovens na Família e na Sociedade” e "Quem São e Onde Estão os Motores do Desenvolvimento Económico”.
Eugénio Faraó, convidado pela organização falou sobre "Aspectos Culturais dos Povos Bantu na África Austral”. Em síntese, o pesquisador deu a conhecer aos jovens que nenhum povo se desenvolve sem cultura, assim como devem procurar saber mais sobre a Mwana Pwo, máscara que representa a beleza e o encanto da mulher Côkwe.
Na óptica de Eugénio Faraó "nós devemos conhecer a nossa cultura, assim como saber quem nós somos como povo”. Hoje, afirma, África vive graves problemas culturais por causa das ideias implementadas pelos colonos. O pesquisador acrescentou, ainda, que dois grandes líderes políticos africanos, Agostinho Neto, primeiro Presidente de Angola e Patrice Lumumba, ex-Primeiro-Ministro da República Democrática do Congo, eram de opinião, de que não basta "correr com os colonos, porque o mais complexo seria retirar as ideias dos colonos na mente dos africanos, o que hoje chamamos de neocolonização”, disse.
Segundo Eugénio Faraó, os africanos devem constituir a própria história e valorizar as culturas e respeitá-las como património. Para isso, adiantou, "devemos instituir a nossa língua por ser o primeiro elemento da cultura de um povo”.
O orador salientou ainda que o povo que "não fala a sua língua é uma nação perdida”. Destacou algumas das qualidades dos africanos classificando-os como "povo solidário”. Como exemplo, ilustrou a forma como os estrangeiros são tratados pelos povos africanos.
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