A julgar pela experiência das principais executantes, esperava-se por um jogo de sentido único, onde o Petro, de Luís Chaves, fosse a comandar a orquestra sem grande oposição. No "terreno", as coisas foram diferentes. As aguerridas dagostinas, orientadas por Jorge Sebastião, adjunto de José Terça Chuma, entraram com o leme do jogo em mãos.

Saído da Argélia, onde obteve a Licença B da Federação Internacional de Andebol, José Terça Chuma chegou ontem ao país e correu directo para a Cidadela Desportiva, onde assistiu aos últimos minutos do desafio.A presença do treinador não foi notada pelas meninas que, na quadra, já tinham perdido a esperança inicial de vencer.

Sob arbitragem razoável da dupla Margarida Mateus/Lorença Felício, as dagostinas construíram um parcial de 5-1 aos primeiros cinco minutos e baixaram a produção à medida que o Petro entrava no jogo.

Ao minuto 21, o Petro de Luanda conseguiu o primeiro empate a 10 golos. Ao intervalo, as petrolíferas já tinham mudado a tendência do jogo e venciam por 17-12.

Na segunda parte, as equipas produziram um jogo pouco emotivo. O Petro rodou a equipa, como num treino, sempre atento ao andamento vantajoso do marcador. Jorge Sebastião disse, no fim, ter a consciência de que defrontaram uma das melhores equipas de África, ao passo que Baiano dos Santos, adjunto de Luís Chaves, revelou que a equipa esteve melhor no aspecto concentração, contrariamente aos jogos da última competição africana.

A equipa principal do 1.º de Agosto, campeã de 2023, não chegou ao fim do Campeonato por alegada indisponibilidade das atletas, segundo a Associação Provincial de Andebol de Luanda.

"Eles desistiram da prova, alegaram ter um número elevado de jogadoras lesionadas e o calendário cheio, com a disputa da meia-final e da final da Taça de Angola", explicou Simão Filho, responsável pela prova.

A final do campeonato masculino está aprazada para 24 do corrente. O Interclube é campeão em título do "provincial masculino".